Estava caminhando na volta do
almoço, pensando o quanto a vida tem nos imposto muitos pesos. E por
incrível que pareça, esses pesos não são muito diferentes de uma pessoa para
outra. Eles só mudam o sotaque, a roupa ou a profissão. Pois no fundo, nossas
dores são muito parecidas.
A crise que tomou conta do
país não se manteve somente dentro dos meios profissionais ou políticos, mas
abriu uma porta para que nos questionássemos como estavam nossas expectativas e
nossos planos.
Hoje a crise também é interna,
está na hora de aprendermos com ela e termos coragem de assumirmos nossa
parcela de culpa. E não nos isentarmos do cenário como se tudo fosse culpa de
um governo, de uma sociedade ou de um tempo.
É hora de refletirmos se
nossas certezas estavam tão firmes e inabaláveis e principalmente onde elas
estavam apoiadas. Talvez, seja duro ver, que as vezes construímos castelos
de areias.
E que os anos de experiência e
especialização, estão sendo trocados por poucos anos de estudo e um serviço
mediano. A Frase que o "ótimo é inimigo bom" foi
sendo usada como desculpa para um serviço sem expressão.
Pois em tempo de crise a
perfeição se torna secundária nos processos e a execução dele torna-se o
objetivo. Não quero saber como vai ser feito, o que importa é que seja feito.
Mas como entender todo esse
processo em que vivemos? Usar desse mar revolto, como ferramenta para
encontrarmos um meio de sair por cima e inteiros?
Bom, eu tenho uma verdadeira
admiração pelo mar, pelos surfistas, marinheiros e como eles conseguem
"dominar" o mar. Quanto mais forte o mar e as ondas, mais intenso e
belo são suas vidas e histórias. Dizem que mar calmo não fazem marinheiros e
ondas baixas não transformam surfistas em Ídolos. Cada vez mais estou
entendendo isso.
Mas como dominar o mar, se ele
tem suas regras e sua fúria muitas vezes arrasa com vidas? Na verdade não se
domina o mar, se respeita. Como não se domina o mercado, mas aprende-se a lidar
com suas diversas nuances e controversas.
Interessante que um surfista e
um marinheiro com excesso de confiança e de experiência, muitas vezes fica cego
para os detalhes e não enxerga o óbvio. O que pode custar à eles a
vida. Quem assistiu o filme Mar em Fúria, entende muito bem o que estou
dizendo. O limite entre a experiência e a tolice é uma linha tênue.
Do mesmo modo nosso olhar
muitas vezes fica cego para as mudanças do mercado. E a Crise é um belo momento
para afinar nosso olhar e buscar ver o que ninguém mais vê.
E entender que somos agentes
da mudança, pois ela parte de nós. Não dá para ficarmos vendo " a
banda passar". É hora de fazermos algo por nós e pelos outros. De
reorganizar nossa vida e o rumo das coisas. Identificar em nossa história, em
nossa trajetória o que realmente pode fazer a diferença.
Mineiramente falando, a crise
não vai deixar de ser crise só porque eu estou descontente, desempregada ou não
concordo com os rumos da sociedade. A Crise só vai deixar de ser crise, quando
eu parar de coloca-la como foco da minha vida e das minhas desculpas. E
Agir!!!
Então, crie as oportunidades.
Se reinvente, volte estudar, faça contatos. Saia da toca! Tem tanto curso
online e presencial, que não vai custar nada a você. Apenas sua vontade de
melhorar e se transformar. É assim que nos mantemos vivos e nos tornamos verdadeiros
guerreiros. Como os marinheiros e os surfistas, aprenderemos a vencer o medo do
mar e fazer dele nossas melhores histórias.
Um grande abraço!!
Não deixe que os tropeços da vida tire sua
inspiração de viver!
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