terça-feira, setembro 19, 2017

Como eu driblei a timidez e me tornei um profissional melhor

Inspirado pelo Daniel Alves, eu vou começar te contando um segredo


Quem me viu naquele já longínquo 5 de maio de 2017 palestrando na primeira edição do #MeetupMSSP ao lado de feras como Priscila Stuani e Andrio Ferreira, não faz ideia que aquele moleque franzino, meses antes, ao largar seu emprego numa agência de marketing para virar freelancer, ouviu do seu antigo chefe que precisava se “comunicar mais”.

Levei aquele conselho numa boa. Eu sabia que, no fundo, ele tinha razão. Sempre dei muito valor aos conselhos de pessoas mais experientes e não foi diferente daquela vez. Afinal de contas, ouvi aquilo do capitão do time. Ele é um cara que entende das coisas.
Mas, por que ele disse isso?
Bom, meu trabalho como desenvolvedor web exige muita concentração. No dia a dia da agência, como estava sempre focado nas linhas de código, conversava pouco com os colegas. Por, digamos, ficar fechado naquele meu “mundinho”, passei a impressão – correta, confesso – de ser uma pessoa tímida, um cara de poucas palavras.
Assim que me despedi do pessoal e cheguei em casa, fiquei pensando naquelas palavras. Deitei na minha cama e fitei o teto por alguns minutos. Aquilo ficou martelando na minha cabeça. Se meu objetivo era trabalhar por conta própria, ser um freelancer, eu não podia passar essa imagem. Eu precisava ser um cara comunicativo! Eu precisava driblar a timidez!
Em tudo o que me proponho a fazer, procuro sempre entregar o melhor. E isso é real, não é clichê de entrevista de emprego. Esse negócio de vestir a camisa e dar o sangue é algo que aprendi desde cedo no futebol. Então, nunca me importei em fazer horas extras, por exemplo, e mesmo ganhando relativamente pouco na época, por adorar o que fazia e, principalmente, o ambiente de trabalho, eu realmente me entregava para a empresa. Tinha orgulho de estar ali.
Digo isso porque quando cheguei em casa naquele dia, após o tal conselho, a vida de freelancer deixou de ser vontade e se tornou realidade. Isso significava que a partir daquele dia eu deveria superar minhas limitações no que dizia respeito a comunicação. Se antes eu era o que chamam no futebol de “jogador para compor o elenco”, agora tinha me tornado o camisa 10 e capitão: o astro da companhia.
Se na agência eu só precisava programar, trabalhando por conta própria eu deveria tratar diretamente com clientes. Eu precisava ter um relacionamento próximo com esses caras – ou teria sério problemas. Eu precisava me vender! Eu precisava ser visto! Eu precisava de tantas coisas...
O poder da palavra “sim”
Em meio à tempestade, o convite inesperado. Enquanto eu continuava sem rumo, a Priscila Stuani, minha cliente, me convidou para ser o organizador e um dos palestrantes da primeira edição do Meetup de Redes Sociais em São Paulo. Eu, o moleque da base que precisava se comunicar mais.
Confesso que fiquei mais desorientado do que a defesa do Brasil naquele 7x1 contra a Alemanha. Minha timidez quase me forçou a recusar o convite. Porém, enxerguei aquilo como uma oportunidade. Um desafio, na verdade. Talvez um evento do tipo fosse exatamente o que eu precisava naquele momento.

O drible histórico do argentino Messi no zagueiro alemão Boateng. Foto: Divulgação.

Bom, eu aceitei o convite. E posso afirmar que dizer “sim” foi o drible perfeito para cima da minha timidez – como se o poder dessa palavra fosse o Messi e meus medos o Boateng...

Citei o Daniel Alves no início do texto porque aqui cabe uma analogia sobre algo que ele citou naquele texto.
“Quando eu fui para a Juventus, eu fiz uma promessa final para a cúpula do Barcelona. Eu disse, 'Vocês vão sentir saudades de mim'. Eu não quis dizer como jogador. O Barça tem muitos jogadores incríveis. O que eu quis dizer foi que eles iriam sentir saudade do meu espírito. Eles iriam sentir saudade de alguém que prezava tanto pelo ambiente e pelo clube. Eles iriam sentir saudade do sangue que eu derramei todas as vezes que eu coloquei a camisa do Barcelona”. – Daniel Alves.
Quando deixei a agência para trás, prometi a mim mesmo que procuraria ser mais comunicativo. Mais que prometer, eu tomei uma atitude! Eu deixei para trás as famosas “crenças limitantes” e disse “sim” para algo totalmente fora da minha zona de conforto.

 
O Meetup de Mídias Sociais evoluiu e hoje é um projeto que tem se mostrado como um marco positivo na minha vida. Tudo porque eu disse “sim”! Conheço pessoas novas a cada edição, faço muito networking e participo de várias reuniões presenciais. Agora, quando o assunto é comunicação, me sinto o Neymar no PSG: recebo o passe e driblo o time inteiro! Haha!
O conhecimento é o melhor investimento
Sou um cara autodidata, sempre busco aprender coisas novas sobre a minha área. Ela muda com frequência e está em constante evolução, então tenho que estar ligado nas novas tecnologias para entregar o melhor para os meus clientes.
O Meetup me ajudou a superar a timidez e, de certa forma, a ser visto, mas eu ainda não sabia como lidar com a questão do marketing pessoal – algo fundamental para qualquer profissional (autônomo ou não).
Percebi que, diferente da minha área de atuação, dessa vez eu precisaria de ajuda profissional. Eu precisava investir em mim mesmo. Foi então que conheci o Matheus de Souzao terceiro brasileiro mais influente do LinkedIn. O cara tem vários artigos publicados sobre o tema (como esse aqui) e, recentemente, lançou um curso totalmente online sobre “Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn”. Fui um dos primeiros alunos e posso dizer que suas dicas foram e estão sendo fundamentais na minha carreira como freelancer. Tenho utilizado o LinkedIn como a principal ferramenta para gerar novos negócios e até então meus resultados têm sido excelentes.
Além disso, um livro também me ajudou muito.
Sabe quando o técnico aproveita que o jogo está parado e chama o jogador na beira do gramado para dar uns conselhos? O momento é esse!
Tem dificuldades para se expressar e falar em público?
Então, vamos lá:
TED Talks”, escrito pelo presidente do TED, Chris Anderson, é um guia para você falar em público.
Esse livro explica como alcançar o feito de produzir uma fala marcante. Não há uma fórmula, já que nenhum discurso deve ser igual a outro. Contudo, existem ferramentas que podem garantir o desempenho de qualquer orador.
Talvez a timidez ainda me drible duas ou três vezes
Conto tudo isso porque, muitas vezes, ficamos paralisados quando encaramos o desconhecido. O tal do “eu não sei fazer isso” nos impede de seguirmos em frente. Se eu dissesse “não” para a Priscila, certamente não estaria aqui escrevendo este texto. Se eu colocasse em minha cabeça que ser visto no LinkedIn é algo para poucos, certamente não teria investido no curso do Matheus e fechado novos negócios desde então.
Bom, assim como o Daniel Alves, encerro o texto te contando outro segredo.
Talvez a timidez ainda me drible duas ou três vezes. Certo, tudo bem. Mas eu irei para cima dela, também. Eu não quero ser invisível. Eu quero o palco. E é dizendo “sim” e me aperfeiçoando que faço isso.
Foi assim que driblei a timidez e me tornei um profissional melhor.
Publicado em 14 de setembro de 2017
Lucas Souza













FONTE:https://www.linkedin.com/pulse/como-eu-driblei-timidez-e-me-tornei-um-profissional-melhor-souza?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-12-Unknown&midToken=AQEbJRdFzLUhHg&fromEmail=fromEmail&ut=2OJ2EtpQfOZ7U1

Nenhum comentário:

POSTAGENS EM DESTAQUE

FOSFERTIL - FUTSAL DE ARAXÁ - MEMÓRIA ESPORTIVA

FOSFERTIL FUTEBÃO DE SALÃO A década de 1980 marcou o apogeu do futsal em Araxá. Empresas, clubes sociais e associações de bairro investiam p...

POSTAGENS MAIS VISITADAS NA ÚLTIMA SEMANA