terça-feira, setembro 19, 2017

Como eu driblei a timidez e me tornei um profissional melhor

Inspirado pelo Daniel Alves, eu vou começar te contando um segredo


Quem me viu naquele já longínquo 5 de maio de 2017 palestrando na primeira edição do #MeetupMSSP ao lado de feras como Priscila Stuani e Andrio Ferreira, não faz ideia que aquele moleque franzino, meses antes, ao largar seu emprego numa agência de marketing para virar freelancer, ouviu do seu antigo chefe que precisava se “comunicar mais”.

Levei aquele conselho numa boa. Eu sabia que, no fundo, ele tinha razão. Sempre dei muito valor aos conselhos de pessoas mais experientes e não foi diferente daquela vez. Afinal de contas, ouvi aquilo do capitão do time. Ele é um cara que entende das coisas.
Mas, por que ele disse isso?
Bom, meu trabalho como desenvolvedor web exige muita concentração. No dia a dia da agência, como estava sempre focado nas linhas de código, conversava pouco com os colegas. Por, digamos, ficar fechado naquele meu “mundinho”, passei a impressão – correta, confesso – de ser uma pessoa tímida, um cara de poucas palavras.
Assim que me despedi do pessoal e cheguei em casa, fiquei pensando naquelas palavras. Deitei na minha cama e fitei o teto por alguns minutos. Aquilo ficou martelando na minha cabeça. Se meu objetivo era trabalhar por conta própria, ser um freelancer, eu não podia passar essa imagem. Eu precisava ser um cara comunicativo! Eu precisava driblar a timidez!
Em tudo o que me proponho a fazer, procuro sempre entregar o melhor. E isso é real, não é clichê de entrevista de emprego. Esse negócio de vestir a camisa e dar o sangue é algo que aprendi desde cedo no futebol. Então, nunca me importei em fazer horas extras, por exemplo, e mesmo ganhando relativamente pouco na época, por adorar o que fazia e, principalmente, o ambiente de trabalho, eu realmente me entregava para a empresa. Tinha orgulho de estar ali.
Digo isso porque quando cheguei em casa naquele dia, após o tal conselho, a vida de freelancer deixou de ser vontade e se tornou realidade. Isso significava que a partir daquele dia eu deveria superar minhas limitações no que dizia respeito a comunicação. Se antes eu era o que chamam no futebol de “jogador para compor o elenco”, agora tinha me tornado o camisa 10 e capitão: o astro da companhia.
Se na agência eu só precisava programar, trabalhando por conta própria eu deveria tratar diretamente com clientes. Eu precisava ter um relacionamento próximo com esses caras – ou teria sério problemas. Eu precisava me vender! Eu precisava ser visto! Eu precisava de tantas coisas...
O poder da palavra “sim”
Em meio à tempestade, o convite inesperado. Enquanto eu continuava sem rumo, a Priscila Stuani, minha cliente, me convidou para ser o organizador e um dos palestrantes da primeira edição do Meetup de Redes Sociais em São Paulo. Eu, o moleque da base que precisava se comunicar mais.
Confesso que fiquei mais desorientado do que a defesa do Brasil naquele 7x1 contra a Alemanha. Minha timidez quase me forçou a recusar o convite. Porém, enxerguei aquilo como uma oportunidade. Um desafio, na verdade. Talvez um evento do tipo fosse exatamente o que eu precisava naquele momento.

O drible histórico do argentino Messi no zagueiro alemão Boateng. Foto: Divulgação.

Bom, eu aceitei o convite. E posso afirmar que dizer “sim” foi o drible perfeito para cima da minha timidez – como se o poder dessa palavra fosse o Messi e meus medos o Boateng...

Citei o Daniel Alves no início do texto porque aqui cabe uma analogia sobre algo que ele citou naquele texto.
“Quando eu fui para a Juventus, eu fiz uma promessa final para a cúpula do Barcelona. Eu disse, 'Vocês vão sentir saudades de mim'. Eu não quis dizer como jogador. O Barça tem muitos jogadores incríveis. O que eu quis dizer foi que eles iriam sentir saudade do meu espírito. Eles iriam sentir saudade de alguém que prezava tanto pelo ambiente e pelo clube. Eles iriam sentir saudade do sangue que eu derramei todas as vezes que eu coloquei a camisa do Barcelona”. – Daniel Alves.
Quando deixei a agência para trás, prometi a mim mesmo que procuraria ser mais comunicativo. Mais que prometer, eu tomei uma atitude! Eu deixei para trás as famosas “crenças limitantes” e disse “sim” para algo totalmente fora da minha zona de conforto.

 
O Meetup de Mídias Sociais evoluiu e hoje é um projeto que tem se mostrado como um marco positivo na minha vida. Tudo porque eu disse “sim”! Conheço pessoas novas a cada edição, faço muito networking e participo de várias reuniões presenciais. Agora, quando o assunto é comunicação, me sinto o Neymar no PSG: recebo o passe e driblo o time inteiro! Haha!
O conhecimento é o melhor investimento
Sou um cara autodidata, sempre busco aprender coisas novas sobre a minha área. Ela muda com frequência e está em constante evolução, então tenho que estar ligado nas novas tecnologias para entregar o melhor para os meus clientes.
O Meetup me ajudou a superar a timidez e, de certa forma, a ser visto, mas eu ainda não sabia como lidar com a questão do marketing pessoal – algo fundamental para qualquer profissional (autônomo ou não).
Percebi que, diferente da minha área de atuação, dessa vez eu precisaria de ajuda profissional. Eu precisava investir em mim mesmo. Foi então que conheci o Matheus de Souzao terceiro brasileiro mais influente do LinkedIn. O cara tem vários artigos publicados sobre o tema (como esse aqui) e, recentemente, lançou um curso totalmente online sobre “Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn”. Fui um dos primeiros alunos e posso dizer que suas dicas foram e estão sendo fundamentais na minha carreira como freelancer. Tenho utilizado o LinkedIn como a principal ferramenta para gerar novos negócios e até então meus resultados têm sido excelentes.
Além disso, um livro também me ajudou muito.
Sabe quando o técnico aproveita que o jogo está parado e chama o jogador na beira do gramado para dar uns conselhos? O momento é esse!
Tem dificuldades para se expressar e falar em público?
Então, vamos lá:
TED Talks”, escrito pelo presidente do TED, Chris Anderson, é um guia para você falar em público.
Esse livro explica como alcançar o feito de produzir uma fala marcante. Não há uma fórmula, já que nenhum discurso deve ser igual a outro. Contudo, existem ferramentas que podem garantir o desempenho de qualquer orador.
Talvez a timidez ainda me drible duas ou três vezes
Conto tudo isso porque, muitas vezes, ficamos paralisados quando encaramos o desconhecido. O tal do “eu não sei fazer isso” nos impede de seguirmos em frente. Se eu dissesse “não” para a Priscila, certamente não estaria aqui escrevendo este texto. Se eu colocasse em minha cabeça que ser visto no LinkedIn é algo para poucos, certamente não teria investido no curso do Matheus e fechado novos negócios desde então.
Bom, assim como o Daniel Alves, encerro o texto te contando outro segredo.
Talvez a timidez ainda me drible duas ou três vezes. Certo, tudo bem. Mas eu irei para cima dela, também. Eu não quero ser invisível. Eu quero o palco. E é dizendo “sim” e me aperfeiçoando que faço isso.
Foi assim que driblei a timidez e me tornei um profissional melhor.
Publicado em 14 de setembro de 2017
Lucas Souza













FONTE:https://www.linkedin.com/pulse/como-eu-driblei-timidez-e-me-tornei-um-profissional-melhor-souza?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-12-Unknown&midToken=AQEbJRdFzLUhHg&fromEmail=fromEmail&ut=2OJ2EtpQfOZ7U1

segunda-feira, setembro 18, 2017

FOSFERTIL - comemoração de 25 anos de empresa

COMEMORAÇÃO 25 ANOS

A comemoração dos 25 anos da Fosfertil, realizada em 2003, foi um evento marcante que celebrou o compromisso e a dedicação dos empregados que ajudaram a construir essa empresa ao longo dos anos. A Fosfertil sempre valorizou seus funcionários, reconhecendo o papel fundamental que desempenharam no crescimento e na consolidação da empresa no setor de fertilizantes.

Com o passar dos anos, a Fosfertil passou por diversas incorporações e mudanças estruturais, o que impactou diretamente a relação da empresa com seus colaboradores. Em 2010, a Fosfertil foi adquirida pela Vale Fertilizantes, e posteriormente, em 2018, tornou-se parte da Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras de fertilizantes do mundo. Essas transformações alteraram significativamente a cultura organizacional, e muitos dos antigos funcionários acabaram deixando a empresa.

Apesar das mudanças, essa celebração de 2003 continua sendo uma lembrança especial para aqueles que fizeram parte da história da Fosfertil.


Em pé: Fausto Barreto, Chadú e Aurelio
Sentados: Vilson Florentino e Sebastião Felizardo

Alguns nomes: João Cadu, Mauro Carias, Renato Capucci, Perpetuo, Rogerio, Vilson, João Dimas, Chadu, Manoel, Aurelio e Felizardo.  Flávio, Jamelão, Nadin, Marota, Júlio, Romilda, Rodrigo Perfeito, Armondes
A memória falhou e deixei de citar alguns nomes.

É possível transformar um hobby em profissão?




Como você sabe, eu trabalho com recolocação e transição de carreira, ou seja, presto consultoria a pessoas que estão buscando um novo trabalho, mudando de área ou iniciando um novo negócio. Esse artigo é fruto de uma entrevista que dei à rede Globo.
 
Como recebo sempre muitas dúvidas a respeito, também quis escrever sobre o assunto. Atualmente tem muita gente querendo empreender, às vezes, transformando seu hobby ou suas paixões em fonte de renda.   
 
Um dos fatores que tem impulsionado essa mudança é a situação do mercado. Por causa da crise e da alta taxa de desemprego, a quantidade de mão de obra reserva é bastante grande. Isso faz com que o mercado não consiga absorver todas essas pessoas em empregos formais. Dessa forma, talvez você precise se reinventar e é nesse momento que pode descobrir que não necessita de um emprego formal e sim de um trabalho que possibilite uma remuneração. A partir daí pode se perguntar o que pode fazer para ocupar seu tempo fazendo o que gosta e ser bem remunerado por isto.
 
Se você chegou a essa conclusão, é preciso que responda algumas perguntas antes de seguir por esse caminho.
 
Eu tenho a persistência suficiente?
 
Qualquer empreendedor, especialmente no Brasil, precisa ter muita paciência e persistência. Não se trata simplesmente de achar que você irá abrir um negócio e haverá uma multidão de clientes na sua porta os quais vão lhe proporcionar uma renda três ou quatro vezes maior do que a que tinha antes.
 
Pelo contrário, possivelmente nos primeiros meses a sua renda será ainda menor do que a que tinha quando estava empregado. Esse retorno vem com tempo e dedicação ao seu negócio. E te digo que você será testado diariamente, pois terá que pensar no todo e muitos problemas surgirão. Um dia é a internet que não funciona, outro dia é o cliente que não lhe pagou, outro dia é a máquina do cartão de crédito que deu pane e assim por diante. E, no início é provável que não tenha equipe para cuidar disto, você mesmo terá que colocar a mão na massa, dar conta de todas as suas atividades, sorrir para o cliente e resolver os problemas operacionais.
 
Eu tenho a disciplina necessária?
 
Há pessoas que só produzem satisfatoriamente quando precisam prestar contas a um cliente ou chefe. De outro modo, elas simplesmente se acomodam. Ter seu próprio negócio exige estar em constante movimento, trabalhando, em muitos casos, até mais do que quando se tinha emprego para alcançar o objetivo. É possível que sua cabeça trabalhe 24 horas por dia, e é aí que muitos empreendedores desistem, pois você se vê escravo do seu próprio negócio. Em muitas situações pode ter muitas saudades da época em que era CLT e no fim do dia desligava o seu computador e sua mente era livre pra não pensar mais em trabalho. Ter uma empresa exige muita disciplina. Eu mesma sou a dona da empresa e tenho um plugin que desabilita o feed de notícias do meu facebook, ou seja, só entro nesta rede social fora do trabalho. E o meu negócio começou a render muito mais quando descobri que era necessário sim que eu cumprisse horário, estivesse no escritório no mínimo 8 horas por dia. Atualmente trabalho muito mais que isso e preciso de muita disciplina, pois ninguém me diz o horário que eu tenho que cumprir, ou se posso ou não entrar em rede social no horário do expediente. Sou eu mesma que defino isto. Para tal o meu nível de disciplina tem que ser muito mais alto do que quando eu era funcionária.
 
Eu sei vender?
 
Muitos acham que fazer propaganda na internet é suficiente para obter o retorno necessário. O processo de venda acontece o tempo inteiro. Conhecer as estratégias para vender adequadamente o seu produto ou serviço é algo muito importante. A grande sorte é que temos hoje muitos cursos e conteúdo interessante na internet. Saber vender é uma competência que pode sim ser adquirida. E se você já está entrando em campo com o pensamento “eu não sei vender” precisa ressignificar isto agora mesmo, pois as pessoas prósperas e bem-sucedidas sabem sim vender, principalmente realizando autopromoção.
 
O que se necessita é de disposição para buscar esse saber, assim como disponibilidade para se reinventar, se preciso. Por exemplo, eu, nesse momento, não sou a Tais tímida e introvertida, pois, ao escrever esse artigo ou quando gravo um vídeo, estou focada na minha missão de vida, que é impactar a existência de mais pessoas. E para tal eu preciso SIM vender a minha imagem e ser capaz de promover os meus serviços.
Se você reconhece que precisa aprender mais, o primeiro passo é ajuda. Várias instituições poderão lhe oferecer uma base para iniciar seu negócio através de cursos gratuitos, consultoria e planejamento estratégico.
 
Ao elaborar um plano de negócios, por exemplo, você terá a oportunidade de se questionar sobre uma série de aspectos, bem como aprender sobre outros. É nesta etapa que você vai pensar sobre aonde quer chegar, quanto estima faturar, quem é seu público-alvo, entre outras questões, além de adquirir o preparo técnico para iniciar o empreendimento.
 
Isso se chama estratégia. Assim você não usa simplesmente a cara e a coragem, mas tem o seu voo orientado por uma instituição que tem know-how do assunto. A partir de todas essas questões definidas, você poderá traçar metas e aprender o básico sobre uma série de aspectos, inclusive financeiros, que serão necessários para o sucesso do seu negócio.
 
É difícil transformar o hobby em negócio?
 
Para algumas pessoas, é bastante difícil transformar o hobby em negócio. Isso acontece porque muitos têm o que podemos chamar de crenças limitantes. Trata-se de pensamentos do tipo “como eu estou ajudando pessoas, não vou cobrar por isso ou cobrarei muito pouco” ou “cobrarei bem menos do que meu produto vale, dando desconto às pessoas” “fazer o que se ama é utopia”.
 
Saber cobrar é extremamente importante. Compreenda que seu hobby se transformou em um negócio. Para que ele dê certo e você possa manter a qualidade, é muito importante ser bem remunerado por isso. Valorize o seu esforço, os cursos que fez e as horas de trabalho que foram necessárias para que se pudesse chegar a um resultado satisfatório.
 
Em suma, aprender a precificar o seu trabalho e/ou o seu produto é extremamente importante para o sucesso do seu negócio.
 
Quero te dizer que é viável ganhar dinheiro com a sua paixão. Mas é preciso persistência, disciplina e saber vender. Todas essas habilidades podem ser aprimoradas ou até aprendidas.
 
Por isso, dê o primeiro passo e se esforce. Tenha clareza de quais são os seus talentos, do que te dá prazer e de que maneira poderia usar os seus dons a serviço dos outros. Para isso eu te lanço 3 perguntas:
 
- Se eu entrasse no seu computador agora, qual seria o seu histórico de navegação?
- Para que geralmente as pessoas ao seu redor solicitam a sua ajuda?
- Se vivêssemos em um país socialista onde não houvesse diferenças salariais e você pudesse escolher qualquer profissão, o que você decidiria fazer?
 
É importante que você se faça estas perguntas e muitas outras, tentando descobrir qual é a sua missão.  Aos poucos o universo vai conspirar a seu favor. Não há sensação melhor do que fazer o que se gosta, do que ter a certeza de que está usando os seus talentos e cumprindo seu propósito no mundo. Quando podemos acordar todos os dias para fazer isso, a vida se torna mais leve e as pessoas são mais felizes.
 
Tais Targa - Top Voices LinkedIn
Psicóloga, Mestre em Educação e Coach de Empregabilidade – Job Hunter. Mentora de Coaches e especialista em Otimização de LinkedIn. Seu histórico profissional engloba empresas tais como: KPMG, FIEP e Universidade Positivo. Atualmente é responsável pela TTarga Carreira e Recolocação, atuando desde 2010 nos serviços de Recolocação Profissional, Transição de Carreira e Coaching. Empreendedora digital, empresária, aficionada por redes sociais, palestrante, autora, mãe e autodidata.
Publicado em 

segunda-feira, setembro 11, 2017

O dia em que os Beatles saíram da zona de conforto

 

Você já deve ter lido ou ouvido alguma história de alguém que estava desmotivado, combalido ou completamente perdido em um emprego chato e entediante, mas que, de repente, saiu da zona de conforto e engatou vida e carreira novas. O mundo corporativo está cheio delas.
Agora imagine o roteiro acima com uma premissa diferente. Uma história de caras milionários, que já haviam encontrado a fórmula do próprio sucesso e que, mesmo assim, resolveram abandonar a segurança das certezas e se enveredar por caminhos que ninguém havia trilhado.  
 
Uma história de caras milionários, que já haviam encontrado a fórmula do próprio sucesso e que, mesmo assim, resolveram abandonar a segurança
 
Os caras em questão são os Beatles. Em 1966, depois de uma exaustiva turnê e no auge da carreira, os integrantes da banda estavam angustiados. Não se sentiam muito satisfeitos com o que haviam criado ou achavam que seus trabalhos, até então, se ressentiam da falta de uma pegada mais pessoal e criativa.
Nessa trajetória musical há uma fabulosa lição sobre um dos itens mais repetidos dos guias motivacionais: o “como sair da zona de conforto”. A começar pela redefinição desse conceito por vezes nebuloso.
Se para muitos essa tal “zona” significa um trabalho repetitivo ou mal reconhecido, algo que parece um pouco distante do que pode ser chamado confortável, para os Beatles ela era um lugar onde faziam fortuna, centenas de shows e ainda contavam com um refúgio mais do que seguro, digno daquela que já era considerada a maior banda do mundo.
Mas foi a partir dessa encruzilhada que começou aquele que pode ser considerado o álbum mais perfeito - ou o mais influente - dos Beatles e que completou 50 anos em 2017: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
 
Os Beatles decidiram recomeçar mesmo antes de seus integrantes completarem trinta anos
 
Os Beatles decidiram recomeçar mesmo antes de seus integrantes completarem trinta anos. Primeiro, deram um tempo dos concertos e aparições. Meses sumidos. Chegaram até a dizer que não tocariam mais ao vivo. Não suportavam mais as longas turnês e viagens intermináveis. Todos concordaram que precisavam descansar.
A história diz que usaram o tempo livre em busca de muitas coisas que ainda não haviam experimentado. Entre elas, o autoconhecimento. Sem esquecermos de que na época, o LSD também era um propulsor para viagens interiores, ainda que seu efeito nas criações do quarteto seja muitas vezes superestimado. Mais decisivos que as drogas foram as condições necessárias para que cada músico pudesse se encontrar em meio ao caos mental e físico.
A volta às origens, à infância e, às essências de cada um se refletiu nas músicas e nas letras que chegariam em maio de 1967. As sonoridades dos metais, a influência das músicas que ouviam em casa e as letras sobre o amadurecimento que aparecem em canções como “Gettting Better” ou “Fixing a hole” são exemplos da mudança de postura da banda que, apesar do envelhecimento, não deixaram de tocar os ouvidos dos jovens como em “With A Little Help From My Friends” ou mesmo em canções que podem até ser ouvidas por crianças como a clássica “Lucy In the Sky with Diamonds”.
 
Para escapar do conforto em que haviam se deitado como “Reis do Yeah, yeah, yeah”, os Beatles também se permitiram a liberdade necessária para criar coisas novas
 
Para escapar do conforto em que haviam se deitado como “Reis do Yeah, yeah, yeah”, os Beatles também se permitiram a liberdade necessária para criar coisas novas. Utilizar o nome Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi como estabelecer um pseudônimo que os concedesse um aval para soar como uma banda nova, sabendo do risco que corriam com os fãs mais conservadores, mas atentos às possibilidades de encontrar um público ainda maior para suas músicas.
A primeira faixa, que também leva o nome de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” é exemplo de uma guitarra com a distorção que serve para definir tudo o que é chamado de rock até hoje, 50 anos depois do seu lançamento.  
Nessa ebulição criativa, os Beatles também definiram o que se acostumou a chamar de álbum conceito. Uma sequência de músicas feitas sem interrupção que contam uma história com começo, meio e fim. Para quem acha que storytelling é coisa nova, em 1967 os Beatles estavam fazendo isso em um disco de vinil.
É mais difícil entender pra quem já nasceu na era do flow dos aplicativos de música. No entanto, Sgt. Pepper’s é um disco feito para se escutar de ponta a ponta. A ordem de nenhuma música está ali por acaso e vale à pena sair da zona de conforto por essa experiência. Aliás, o conceito de um álbum já começava na capa. No caso de Sgt Peppers, um trabalho feito por Peter Blake, que reuniu as maiores referências da banda - podemos identificar o escritor Edgar Allan Poe, o ator Marlon Brando, Bob Dylan e até Karl Marx, entre muitas outras.
 
Sgt. Pepper’s é um disco feito para se escutar de ponta a ponta. A ordem de nenhuma música está ali por acaso
 
Mesmo com tanta coisa boa, não quer dizer que os Beatles tenham acertado tudo a toda hora. George Martin, produtor da banda na época, considera até hoje um de seus maiores equívocos profissionais a não inclusão de duas músicas criadas no período de produção de Sgt. Pepper’s: Penny Lane Strawberry Fields Forever. Já os Beatles não parecem ter motivos para lamentar. Sgt Peppers ficou 15 semanas no topo da Billboard e 27 semanas liderando a lista do Reino Unido. É até hoje uma das obras mais cultuadas entre fãs de todo o mundo.  
PS.: Fiz questão de colocar o link das músicas que mencionei para que fique mais divertido acompanhar o texto. Mas há outro motivo: embora muito se fale de Sgt. Pepper’s, muita gente não dedicou pouco mais de 40 minutos para escutar o álbum todo. Então, deixo o convite para essa oportunidade.

Publicado em 5 de setembro de 2017

Rodrigo Focaccio
 
 
 
 
 
 

domingo, setembro 10, 2017

É possível motivar equipes sem subsídio financeiro?


 
Em tempos de crise econômica, muitas empresas quebram a cabeça para encontrar formas de motivar as pessoas que integram seus times. Isso acontece porque grande parte delas está acostumada a promover a felicidade por meio de recompensas financeiras. Mas será mesmo que essa é a única forma de fazer com que um colaborador se sinta motivado e engajado?
 
A resposta para essa pergunta é não, por mais estranho que isso possa parecer. Claro que dinheiro é importante e as pessoas valorizam e precisam disso, porém, existem várias outras formas de motivar as equipes. Inclusive, a edição de 2017, da nossa pesquisa Carreira dos Sonhos fala justamente sobre isso: o que as empresas podem fazer, gastando pouco, para deixar as pessoas felizes.
O primeiro ponto importante para motivar e engajar as pessoas é trabalhar a liderança e a equipe, como um todo, para aumentar o nível de confiança na empresa e entre as pessoas. Para que isso seja possível, é fundamental entender que confiança não se ganha na declaração, mas em um processo de construção que envolve comportamentos consistentes. Ou seja, basicamente, é preciso ter coerência entre fala e prática: falar o que se faz e fazer o que se fala.
A segunda coisa que uma empresa pode fazer para que as pessoas se sintam mais felizes tem a ver com empoderamento, ou seja, elas querem poder vir inteiras para o trabalho, poder ser quem elas são e ter mais autonomia no seu dia a dia, para decidir quando, onde e com o que trabalhar.
Por último, mas não menos importante, está o valor do aprendizado e existem muitas formas de se trabalhar essa questão na empresa. Uma delas é por meio de treinamentos, que podem ser no estilo mais formal, ou não. Imagine como pode ser gratificante para o time interno se a organização opta por usar aquilo que as equipes já conhecem, já sabem e podem ensinar para mais gente. Além de ser eficiente é recompensador para as pessoas envolvidas.
Como você pode ver não é tão difícil fazer com que o time se sinta feliz e motivado, mesmo que não aja recompensas financeiras. Muito mais que dinheiro, as pessoas querem sentir que há um propósito naquilo que fazem, que o tempo que dedicam ao trabalho trará satisfação pessoal, ou seja, elas querem ter certeza de que tudo o que fazem tem algum sentido.
Olhe mais para o seu time e perceba o que está faltando para que o engajamento se instaure e a motivação aconteça. Quando você fizer isso, será muito mais fácil entender quais ações são necessárias para fazer as pessoas mais felizes. 
Texto originalmente publicado na Exame.com

Presidente do conselho no Grupo Cia de Talentos
FONTE: https://www.linkedin.com/pulse/%C3%A9-poss%C3%ADvel-motivar-equipes-sem-subs%C3%ADdio-financeiro-sofia-esteves
 

segunda-feira, setembro 04, 2017

Assim como Mar calmo não produz marinheiros, é nas crises que surgem os Guerreiros!




Estava caminhando na volta do almoço, pensando o quanto a vida tem nos imposto muitos pesos. E por incrível que pareça, esses pesos não são muito diferentes de uma pessoa para outra. Eles só mudam o sotaque, a roupa ou a profissão. Pois no fundo, nossas dores são muito parecidas.
A crise que tomou conta do país não se manteve somente dentro dos meios profissionais ou políticos, mas abriu uma porta para que nos questionássemos como estavam nossas expectativas e nossos planos.
Hoje a crise também é interna, está na hora de aprendermos com ela e termos coragem de assumirmos nossa parcela de culpa. E não nos isentarmos do cenário como se tudo fosse culpa de um governo, de uma sociedade ou de um tempo.
É hora de refletirmos se nossas certezas estavam tão firmes e inabaláveis e principalmente onde elas estavam apoiadas. Talvez, seja duro ver, que as vezes construímos castelos de areias. 
E que os anos de experiência e especialização, estão sendo trocados por poucos anos de estudo e um serviço mediano. A Frase que o "ótimo é inimigo bom" foi sendo usada como desculpa para um serviço sem expressão.
Pois em tempo de crise a perfeição se torna secundária nos processos e a execução dele torna-se o objetivo. Não quero saber como vai ser feito, o que importa é que seja feito.
Mas como entender todo esse processo em que vivemos? Usar desse mar revolto, como ferramenta para encontrarmos um meio de sair por cima e inteiros?
Bom, eu tenho uma verdadeira admiração pelo mar, pelos surfistas, marinheiros e como eles conseguem "dominar" o mar. Quanto mais forte o mar e as ondas, mais intenso e belo são suas vidas e histórias. Dizem que mar calmo não fazem marinheiros e ondas baixas não transformam surfistas em Ídolos. Cada vez mais estou entendendo isso.
Mas como dominar o mar, se ele tem suas regras e sua fúria muitas vezes arrasa com vidas? Na verdade não se domina o mar, se respeita. Como não se domina o mercado, mas aprende-se a lidar com suas diversas nuances e controversas.
Interessante que um surfista e um marinheiro com excesso de confiança e de experiência, muitas vezes fica cego para os detalhes e não enxerga o óbvio. O que pode custar à eles a vida. Quem assistiu o filme Mar em Fúria, entende muito bem o que estou dizendo. O limite entre a experiência e a tolice é uma linha tênue.
Do mesmo modo nosso olhar muitas vezes fica cego para as mudanças do mercado. E a Crise é um belo momento para afinar nosso olhar e buscar ver o que ninguém mais vê.
E entender que somos agentes da mudança, pois ela parte de nós. Não dá para ficarmos vendo " a banda passar". É hora de fazermos algo por nós e pelos outros. De reorganizar nossa vida e o rumo das coisas. Identificar em nossa história, em nossa trajetória o que realmente pode fazer a diferença.
Mineiramente falando, a crise não vai deixar de ser crise só porque eu estou descontente, desempregada ou não concordo com os rumos da sociedade. A Crise só vai deixar de ser crise, quando eu parar de coloca-la como foco da minha vida e das minhas desculpas. E Agir!!!
Então, crie as oportunidades. Se reinvente, volte estudar, faça contatos. Saia da toca! Tem tanto curso online e presencial, que não vai custar nada a você. Apenas sua vontade de melhorar e se transformar. É assim que nos mantemos vivos e nos tornamos verdadeiros guerreiros. Como os marinheiros e os surfistas, aprenderemos a vencer o medo do mar e fazer dele nossas melhores histórias.
Um grande abraço!!
Não deixe que os tropeços da vida tire sua inspiração de viver! 

Autora texto:



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