quinta-feira, outubro 05, 2017

Os 5 erros de português mais comuns no mundo do trabalho


A pedido de EXAME, especialistas elegeram os deslizes mais frequentes de ortografia, concordância e outros temas gramaticais do português. Veja a lista


Lápis: veja os erros de português mais comuns no mundo do trabalho (Ingram Publishing/Thinkstock)

São Paulo — Quantas vezes por dia você interrompe suas atividades no trabalho para tirar uma dúvida de português na internet ou em algum livro? Se você é como a maioria, não deve fazer isso (quase) nunca.

A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de “puristas” da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.

Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.

A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia. Confira a seguir:

1. Falta (ou presença indevida) de hífen

O erro de ortografia mais comum no universo corporativo é resultado da recente Reforma Ortográfica da língua portuguesa, diz o professor Diogo Arrais. autor gramatical pela Editora Saraiva. A grafia de expressões como “bem-vindo”, “contracheque” e “autopromoção” frequentemente aparece com problemas — seja por falta de hífen, seja pela presença indevida do tracinho.

Para não errar mais, a dica do professor é observar a última letra do prefixo e a primeira do radical. “Se forem idênticas ou se o radical for iniciado por H, haverá hífen”, explica. “Caso contrário, o termo não será hifenizado”. Verifique a regra nos seguintes exemplos: “anti-inflação”, “auto-observação” e “super-homem” têm o sinal; “autopromoção”, “megaevento” e “contracheque”, não.

2. Acento circunflexo nos verbos “ver” e “vir”

Quando o tema é acentuação, o deslize mais frequente tem a ver com o acento circunflexo em formas do verbo “ver” e “vir”, diz Rosângela Cremaschi, professora de comunicação da FAAP e autora do livro “Português Corporativo” (Hunter Books, 2014).

Quando flexionados  na terceira pessoa do plural, os verbos assumem, respectivamente, as formas “veem” e “vêm”. Acontece que o novo acordo ortográfico aboliu o acento circunflexo de “veem”, mas o de “vêm” permanece. A confusão trazida pela novidade faz com que a acentuação frequentemente acabe sobrando em alguns casos, e faltando em outros.

3. Pronúncia incorreta do ditongo “ui”

Para Reinaldo Passadori, professor de comunicação verbal e presidente do Instituto Passadori, um dos erros de pronúncia mais repetidos em português é dizer “gratuíto” no lugar de “gratuito”, ou “circuíto” em vez de “circuito”. O problema na fala às vezes se reflete na grafia equivocada da palavra, com acento.

O motivo desses deslizes é a memória auditiva. “No Brasil, é muito mais comum ouvirmos ‘RUim’, que é uma pronúncia incorreta, do que ‘ruIM’, que é a pronúncia certa, por exemplo”, explica Arrais. O mesmo vale para “gratuito” ou “circuito”: quantas vezes você já não ouviu essas palavras serem verbalizadas incorretamente? Sem querer, o cérebro registra essas sonoridades e acaba por reproduzi-las automaticamente.

4. Vírgula separando sujeito e verbo

No capítulo de pontuação, os três especialistas ouvidos pelo site EXAME concordam que o equívoco mais disseminado é inserir vírgulas onde elas não deveriam aparecer. Veja um exemplo: “A gerente da área de finanças e contabilidade, pediu um retorno do banco”.

Segundo Cremaschi, quanto mais longo for o sujeito (no caso, “a gerente da área de finanças e contabilidade”), maior a probabilidade do erro. Uma possível razão para isso é o velho mito de que vírgula existe “para respirar”.

Não é o caso, diz Arrais: a função do sinal é organizar sintaticamente os elementos da frase, e assim permitir que a mensagem chegue ao interlocutor com clareza e precisão.

Passadori dá um exemplo que esclarece a função vital da vírgula. Na oração “Esse, juiz, é corrupto”, você está declarando ao juiz que um determinado indivíduo comete atos ilícitos. Sem vírgulas, a frase “Esse juiz é corrupto” indica que o alvo da crítica é a própria figura do magistrado.

5. “Busca-se candidatos” em vez de “Buscam-se candidatos”

O erro mais comum de concordância, segundo Arrais, aparece em frases como “Busca-se candidatos resilientes e alinhados à cultura da empresa”. Como o verbo “buscar” é transitivo direto (não exige preposição), a concordância deve ser a seguinte: “Buscam-se candidatos resilientes e alinhados à cultura da empresa”.

De acordo com o professor, esse tipo de engano é comum porque o escritor imagina que o termo ‘os candidatos’ funciona como complemento verbal — algo que ocorreria na frase “Busco os candidatos”, por exemplo. Na verdade, trata-se de um caso de voz passiva sintética — o que exige concordância entre entre sujeito e verbo. Outros exemplos da forma correta são “Alugam-se salas” e “Revisaram-se os custos.
5 out 2017, 06h00
 


quarta-feira, outubro 04, 2017

Alguém ainda quer ser chefe?

A crise de identidade pela qual passa a liderança foi tema do evento realizado por VOCÊ RH em Brasília

Por Luciana Lima
5 set 2017, 06h00
CONTEÚDO DE VOCE S/A
 


Segundo café com VOCÊ RH na capital federal: mais de 70 executivos presentes (Brito JR/VOCÊ RH)

Como preparar os líderes do futuro considerando os desafios presentes? Com essa questão começou a discussão do Café com VOCÊ RH em Brasília, realizado em 13 de junho.
O tema não poderia ser mais propício: menos de um mês antes, a capital federal havia sido literalmente incendiada por manifestantes após a delação do empresário Joesley Batista, dono da gigante de carnes JBS, contra o presidente da República, Michel Temer, o principal mandatário do país.
A crise de representatividade havia atingido seu ápice, não apenas no governo mas em todas as camadas da sociedade, inclusive nas companhias. “Quem é a pessoa que te inspira hoje em dia?”, pergunta a editora-chefe de VOCÊ RH, Tatiana Sendin. A resposta foi nula.
Com a figura do líder em xeque, mudaram as características e o papel dos gestores, mas também o que cada um espera de quem está no comando. “Nós estamos vivendo uma transição da ética do dever para a ética do prazer. Antigamente, os líderes estavam inseridos na lógica do comando e do controle. Hoje, esse profissional deve persuadir as pessoas a segui-lo.­ Ele tem de ser um exemplo principalmente de ética”, disse Renata Subires Garcia Fernandes, gestora de pessoas e desempenho do banco Bradesco.
O Café com RH, promovido por VOCÊ RH há mais de uma década, estreou na cidade do Planalto Central em 2016 e retornou para mais uma bem-sucedida mesa de conversa com 70 executivos, a maioria de gestão de pessoas.
Além de Renata, participaram do debate Marco Tulio Zanini, professor na Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getulio Vargas e consultor da Symbállein; e Glória Guimarães, diretora-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Com metade dos presentes de organizações do setor público, a discussão enveredou para uma questão pungente: se os concursos avaliam apenas características técnicas, como transformar esses especialistas em bons gestores de pessoas? “Por muito tempo se falou na carreira em Y, porém, isso não é tão simples. Acredito que, aliado com um plano de carreira bem estruturado, é preciso um grande investimento em treinamento para formar esses potenciais líderes e identificar quem tem mais habilidades para a área técnica ou para a gestão”, afirmou Glória, do Serpro.
Uma das dificuldades é identificar quem realmente é um bom gestor de pessoas e quem é muito bom de marketing pessoal. E, de acordo com o professor Zanini, o Brasil está passando por uma mudança que vai impossibilitar cada vez mais a permanência de perfis que tenham apenas a segunda característica. “Nós aprendemos a apreciar um aspecto de direção que muitas vezes não é aquele que descrevemos. Viemos de uma lógica que não era permitido trabalhar a autonomia, mas isso vem mudando. Vamos começar a questionar essa liderança que apenas joga as tarefas para a plateia.”
Além dos desafios do agora, a discussão apontou questões do futuro. Entre elas o fato de que cada vez menos jovens desejam assumir a posição de chefia — algo que se intensifica nas instituições públicas, uma vez que o alto nível de burocratização repele ainda mais os chamados millenials.
Na tentativa de reverter esse quadro, o Serpro reduziu o expediente para 6 horas e foi a primeira empresa do governo a permitir o uso de bermudas. “Você observa que reter esses talentos é um problema, principalmente porque você tem pouca flexibilidade tanto de remunerar quanto de gerir de forma diferente. Nós estamos tentando adotar uma estratégia que vai contra essa rigidez”, disse Glória.
Por fim, o professor Zanini deixou um alerta para os executivos de RH. “Metade de minha turma quer ser empreendedora. Significa que está nascendo uma escola de empreendedorismo no Brasil. Por outro lado, o desafio será convencer as pessoas que as organizações também são boas.” As formas de fazer isso rendem mais uma boa discussão.

Brasil poderia aumentar o PIB se contratasse idosos

Pesquisa exclusiva da PwC e FGV em parceria com a VOCÊ RH revela que o PIB brasileiro pode aumentar em 16 bilhões de reais por ano se contratarem idosos




Miusly Ferreira, gerente de DHO da Votorantim: como cuidam dos netos de dia, os funcionários mais velhos trabalham depois das 17h30 (Marcelo Almeida/VOCÊ RH)
A discussão sobre a reforma previdenciária alertou po­líticos, executivos, trabalhadores e ci­dadãos em geral para um problema sem volta: o envelhecimento acele­rado da nação.

Da­qui a somente 13 anos, o Brasil terá mais velhos do que jovens. A diferença ainda será pequena: 18% da população terá fios brancos, enquanto 17,6% terão até 14 anos de idade. Mas o ano marcará o ponto de virada da pirâmide etária. A partir daí, é só ladeira abaixo.

Até 2050, de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de pessoas idosas vai triplicar no país, alcançando 66,5 milhões de brasileiros — quase 30% do todo. Contudo, uma década antes, em 2040, aproximadamente 57% da população em idade ativa será composta de indivíduos com mais de 45 anos de idade.

O cenário exige mudanças profundas nas políticas públicas de saúde, assistência e previdência social, mas também no mercado de trabalho. “A reforma da Previdência é apenas uma das urgências para o país se preparar para o envelhecimento da população”, afirma Roberto Martins, diretor da consultoria PwC Brasil especializado no tema.

Ele acredita que, para compensar o custo maior atrelado à longevidade, os profissionais mais velhos deveriam ser não só encorajados como também estimulados a se manter na ativa. “Para isso, as organizações precisam ter modelos de trabalho adaptados.”
A tese é que, com mais gente trabalhando por mais tempo, o Brasil teria um incremento do produto interno bruto (PIB), resultando em aumento do poder de compra dessa classe etária e nas receitas com impostos. Isso sem contar a melhora na saúde e no bem-estar das pessoas da chamada “melhor idade”, que se manteriam ativas mental e fisicamente.

A pedido de VOCÊ RH, a consultoria PwC e a Fundação Getulio Vargas (FGV) realizaram uma pesquisa para mensurar o impacto do envelhecimento da força de trabalho no Brasil. O país foi inserido num contexto internacional e comparado com Estados considerados referência na questão.

Suécia é o melhor exemplo da empregabilidade de pessoas mais velhas, tanto por suas políticas públicas como pelas práticas de mercado. Para ter uma ideia, a taxa de profissionais com idade entre 55 e 64 anos empregados naquele país é de 66% — acima da média de 44% da Europa. No Brasil, de acordo com o IBGE, o nível de ocupação dos idosos em 2015 era de 26%.

João Lins, professor da FGV e um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que, se o Brasil criasse instrumentos para ampliar a empregabilidade dos mais velhos, poderia aumentar seu PIB em 18,2 bilhões de reais por ano. “Fomos conservadores nessa estimativa, isso significa 0,3% do PIB. É pouco, mas o benefício de utilizar essa população vai além do crescimento econômico e passa por uma economia na Previdência e uma melhora na qualidade de vida dessas pessoas”, diz. Segundo ele, as empresas também ganhariam ao contratar funcionários mais experientes.
Falta muito

O caminho para o Brasil se tornar uma Suécia na questão da empregabilidade de idosos é longo. Primeiro, porque o país passa por uma crise econômica e há 13,5 milhões de desempregados — enquanto na Suécia a situação é de pleno emprego. Roberto Martins, da PwC, ressalta ainda o problema da remuneração.
Com a crise, muitas companhias trocaram profissionais experientes — e mais caros — por jovens com salários menores. “Temos essa cultura que prioriza o curto prazo e, nessa lógica, prevalece quem for mais barato. Isso é difícil de mudar e pouco evoluiu desde que fizemos a primeira edição da pesquisa, em 2013”, afirma o consultor. Pela análise da PwC, os profissionais acima de 50 anos ganham, em média, 30% mais do que aqueles com 30 a 49 anos.
A questão das políticas públicas também é outro desafio. Na Suécia, por exemplo, a quantidade de impostos recolhidos ultrapassa a dos demais países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e há uma reversão de benefícios para a população, que tem acesso a saúde e educação de qualidade.
Por sua vez, no Brasil, os tributos não garantem a gratuidade dos serviços — o que reflete no grau de escolaridade dos brasileiros, por exemplo. A média de estudo de pessoas com mais de 60 anos é de menos de seis anos. Para ter uma ideia, 65,5% dos idosos empregados no país em 2015 tinham como nível de instrução o ensino fundamental incompleto, segundo dados do IBGE, o que impossibilita uma inserção em postos de trabalho que exigem melhor qualificação.
Além do problema da capacitação, os pesquisadores da FGV e da PwC elencam as questões trabalhistas como agentes complicadores. “A falta de flexibilidade de horários e de uma empresa não poder recontratar um funcionário com um salário menor, para trabalhar menos horas, acaba restringindo as opções”, afirma João Lins, da FGV.
Apesar de ainda não haver data para votação, um projeto de lei do Senado pode auxiliar essa demanda. O PLS 142/2017 propõe um regime especial de trabalho para pessoas com mais de 60 anos, que teriam jornada diária de 4 horas. De acordo com o projeto, o empregado teria direito ao salário-hora equivalente ao piso da categoria profissional e as companhias poderiam contratar até 10% de seu quadro sob esse regime.
Lado prático

Para identificar como, de fato, as corporações estão lidando com o envelhecimento da população, os pesquisadores da FGV e da PwC conduziram grupos focais com executivos de recursos humanos. As reuniões aconteceram no começo de julho no Núcleo de Estudos em Organizações e Gestão de Pessoas (Neop) da FGV.
Nas conversas, ficou claro que há um movimento incipiente dos RHs para se preparar para esse cenário. “Eles têm formado grupos intergeracionais estruturados; feito treinamentos por meio das universidades corporativas e apostado na prática de mentoria para integrar profissionais de idades distintas”, diz Maria José Tonelli, coordenadora do Neop.
Para a pesquisadora, as organizações ainda não percebem a escassez do profissional jovem, apesar da eminente inversão da pirâmide demográfica. “Os argumentos para não apostar nos talentos maduros são variados, mas sempre esbarram na questão dos salários e na da falta do perfil almejado”, diz.
De acordo com Maria José, os executivos de recursos humanos entrevistados afirmaram que os profissionais grisalhos têm mais inteligência emocional e experiência com relação à estratégia. Em contrapartida, têm menos aptidão para novas tecnologias. “Os prós são maiores do que os contras, mas a verdade é que ainda temos barreiras culturais a ser rompidas.”
Mesmo assim, já há algumas corporações que resolveram apostar nos cabelos cinzas. A companhia aérea Gol é uma delas, com o programa Experiência na Bagagem. Segundo Jean Carlo Nogueira, diretor de RH da Gol, a lógica é a da diversidade. “Transportamos 32 milhões de passageiros por ano. São perfis variados de pes­soas e nosso quadro precisa refletir isso.” A área de atendimento ao cliente é a principal porta de entrada para os idosos, mas todos os processos seletivos contam com candidatos com mais de 50 anos.
Para atrair esse pessoal, a Gol buscou a flexibilidade: há jornadas de 4 e 6 horas nos aeroportos e também há posições para atendimento no call center que podem ser feitas integralmente de casa. “Entendemos que esse público tem outras atividades para conciliar e não busca mais um trabalho integral”, diz o executivo de RH. Em pouco mais de um mês de programa, a empresa recebeu cerca de 3 000 currículos de representantes da melhor idade. “Os profissionais mais velhos têm a capacidade de se colocar no lugar do outro com mais empatia. Acreditamos que isso faça toda a diferença na qualidade do atendimento”, afirma Nogueira.
O Grupo Votorantim, que tem operações em mineração e metalurgia, siderurgia, celulose e papel, também mira a qualidade do serviço quando contrata funcionários mais experientes. A empresa incentiva o recrutamento de profissionais acima de 45 anos para trabalhar no centro de excelência em soluções compartilhadas, que presta serviços para todas as investidas de negócio do grupo.
Atualmente, 14 profissionais de 45 a 67 anos atuam nas áreas de contabilidade, finanças e controladoria na uni­dade de Curitiba, no Paraná. “Esse público se destaca pelo aumento da produtividade e da qualidade dos processos”, diz Miusly Ferreira, gerente de desenvolvimento organizacional da Votorantim.
Os resultados do grupo são tão bons que a Votorantim avalia expandir as contratações. “Estamos mapeando outras áreas que possam receber essas pessoas”, afirma a executiva. Para atrair os talentos, a empresa também aposta em horário flexível, e a jornada de trabalho acontece no período noturno. “São indivíduos que cuidam dos netos, vão à academia. Assim, eles ficam com o dia livre para suas atividades pessoais e trabalham das 17h30 às 23h30”, diz Miusly.
Já a Henkel, que fabrica adesivos e cosméticos, aposta na integração para reduzir os conflitos entre gerações. “Sabemos da importância dos jovens no quesito tecnologia, mas os profissionais mais experientes têm muita bagagem para compartilhar”, afirma Valeria Gladsztein, diretora de recursos humanos da empresa, que emprega cerca de 1 000 funcionários no Brasil, sendo 14% acima dos 50 anos.
Por isso, o RH criou um programa de mentoria reversa, no qual os jovens servem de conselheiros para quem tem mais anos de vida. “A ideia é incentivar esse contato e uma imersão no quesito tecnologia. Não só sobre assuntos relacionados ao trabalho, mas falar de redes sociais, de aplicativos, do que faz sentido na rotina das pessoas atualmente”, diz Valéria. O programa piloto teve sua primeira edição com oito duplas e já prepara novas rodadas de mentoria. “São conexões benéficas para os dois lados e, principalmente, para os negócios”, diz.
Na falta de robôs…

Ao mesmo tempo em que as corporações ensaiam iniciativas para lidar com a guinada na pirâmide etária, outra discussão também ganha espaço no mercado. Com mais idosos do que jovens para trabalhar, quem fará as tarefas?
Segundo um estudo da consultoria McKinsey, sem uma aceleração da produtividade, o PIB global sofrerá uma queda de 40% — de 3,6% ao ano até 2012, para 2,1% nos próximos 50 anos. Seria necessário um aumento de produtividade 80% mais rápido para compensar o declínio projetado. As soluções passam pela retenção da mão de obra mais velha e pelo uso intensivo da tecnologia.
Enquanto os robôs não chegam, temos de pensar na melhor maneira de aproveitar os talentos, sejam eles jovens ou grisalhos.
O que dificulta

Remuneração alta: os executivos se constrangem em oferecer um salário menor do que o profissional recebia anteriormente.

Convivência intergeracional: estresse entre gerações que convivem no mesmo ambiente de trabalho.

Visão a curto prazo: as organizações ainda não perceberam que os mais velhos serão a maioria da força de trabalho no médio prazo.

Modelo organizacional: as estruturas organizacionais desestimulam a contratação de profissionais maduros. Há muitos jovens entrando com ansiedade de crescer rapidamente e as organizações concorrem com as startups.

Legislação: as leis trabalhistas brasileiras apresentam limitações. Por exemplo, não permitem rebaixar salários.

Rede de contatos: falta de talentos maduros apresentados por headhunters para cargos executivos. Há uma percepção de que a recolocação dos profissionais maduros eleva sua autoestima, levando o executivo a buscar outras oportunidades, e o headhunter descumpriria a meta de permanência do funcionário na empresa.

Outros fatores: preconceito com profissionais mais velhos e cultura do país.

As primeiras aposentadas

Estamos vendo a primeira geração de executivas brasileiras se aposentando. Essa foi a conclusão da tese de doutorado de Vanessa Cepellos, pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, que tem como base uma pesquisa com 58 profissionais com idades entre 41 e 63 anos, que atuaram ou atuam em grandes empresas.
Para Vanessa, a carreira dessas mulheres foi marcada por dificuldades profissionais, como preconceito, assédio sexual e ausência do modelo feminino de gestão.
Como consequência, elas estabeleceram mecanismos para enfrentar esses obstáculos e provar sua competência com mais dedicação e desempenho se comparado aos homens. “O envelhecimento acaba sendo um sofrimento maior para elas”, diz.
Elas temem ser trocadas por profissionais mais jovens e não conseguir recolocação no mercado. Por causa dessa insegurança, a maior parte das executivas deixam engatilhadas as possibilidades de se tornarem empreendedoras, conselheiras ou se dedicar à área acadêmica, por exemplo.
Segundo Vanessa, essa é uma questão muito recente e as corporações ainda não têm respostas sobre como lidar com o fim da carreira dessas profissionais. “Precisamos pensar sobre isso, afinal as mulheres têm expectativa de vida maior do que os homens e em breve haverá mais executivas em cargos estratégicos”, afirma.
Oportunidade de negócio

Conforme a mão de obra brasileira ganha novos contornos, as oportunidades de negócio começam a aparecer.

A Maturi Jobs, startup de recolocação profissional para pessoas acima de 50 anos, é um exemplo. O engenheiro de software Mórris Litvak criou a empresa em 2015 inspirado em sua avó, que trabalhou até os 82 anos. “Vi quanto aquilo era importante para ela.

Depois de parar, ela se deteriorou e não era mais a mesma pessoa”, diz. Por meio de um site, as pessoas com mais de 50 anos inscrevem seu currículo
(há aproximadamente 50 000 currículos cadastrados) e as empresas divulgam as oportunidades.


Cerca de 530 organizações publicaram suas vagas no portal, a maioria para a área de atendimento ao cliente.
Publicado em 1 out 2017, 13h00

 
FONTE: https://exame.abril.com.br/negocios/brasil-poderia-aumentar-o-pib-se-contratasse-idosos/

terça-feira, outubro 03, 2017

Interesse das TVs, agora, não é o Brasil




A CBF anunciou com estardalhaço a contratação de uma agência para ser a condutora do processo de venda dos direitos de transmissão dos amistosos da seleção brasileira até 2022. Com a maior pompa, celebrou a entrega para a badalada Synergy o direito de ir ao mercado negociar com as emissoras.

Depois de alguns meses negociando, simplesmente nenhuma emissora fez proposta para ter os jogos da seleção, mesmo com a Copa do Mundo à porta. Mas então por que fracassou a venda feita pela agência especializada nisso?

O fato é que não existe pior hora de se tentar vender direitos esportivos no mercado brasileiro do que agora. As emissoras deverão fazer, em breve, suas propostas pelos direitos de transmissão da Copa Libertadores, num processo que deverá gerar acirrada disputa entre os quatro maiores do mercado: ESPN, Fox, Globo e Turner.

Em breve, haverá ainda embate pela Liga dos Campeões da Europa. Isso sem falar na verba que já se investiu pela Copa do Mundo e, ainda, outros direitos de transmissão relevantes. Nem precisa colocar na conta a crise financeira do país, isso ajuda, mas não é fundamental nesse momento, considerando que três empresas têm dono americano e a outra é a Globo.

O cenário deve se clarear com mais precisão apenas no fim do próximo mês, quando acontece a Sportel, principal feira de negócios do mercado de TV.

E o que faz a agência especializada no mercado de televisão para a CBF? Coloca à venda direitos que não têm a maior relevância dentro desse cenário e, pior que isso, em valores que não são mais praticados pelas emissoras no pós-Copa e Olimpíada e em meio à crise.
 
Se estivesse minimamente atenta aos recados do mercado, a Synergy já teria visto na recusa de todas as emissoras em fazer proposta para os direitos do Mundial de Clubes da Fifa, agora em dezembro, um sinal de alerta.
 
Não é que ninguém queira exibir os amistosos da seleção brasileira. Mas, agora, não há quem queira investir dinheiro nisso. Não é preciso ser um profundo conhecedor do mercado para saber disso. Bastaria ter tido mais sinergia na hora de falar com as emissoras...


Erich Beting - Conexão de 2º grau - CEO Máquina do Esporte - Máquina do Esporte - São Paulo e Região, Brasil
ARTIGO Publicado  em 22 de setembro de 2017
 

segunda-feira, outubro 02, 2017

Conheça as ferramentas que me ajudaram a economizar uma GRANA neste ano

 

Uma coisa que meu pai sempre me falou foi "dinheiro não aceita desaforo". Desde então em tenho buscado maneiras de aproveitar as coisas boas da vida, mas de maneira consciente.
Eu nunca gostei de gastar dinheiro e desde criança achava maneira de fazer minha mesada render mais. Com a tecnologia isso ficou mais fácil. Existem diversas ferramentas que me permitem comprar serviços e produtos de qualidade, sem gastar tanto.
O primeiro site que fez sucesso com esse propósito foi o
Buscapé. Confesso que até hoje quando vou comprar um produto entro lá pra ver se estou pagando mais caro ou se existe uma opção mais em conta.
Mas as coisas evoluiram e hoje devo economizar mais de 20 mil reais por ano usando aplicativos simples que resolvem problemas claros!
O meu preferido é a
Meliuz. Só nesse ano já devo ter recebido mais de R$2.000 reais de cashback (dinheiro de volta) na minha conta. Instalei o plugin para o browser e sempre dou preferência para as lojas que devolvem dinheiro (a maioria).
Por viajar muito acabo comprando minhas passagens todas pelos
MaxMilhas, muitas vezes 80% mais barato do que pela Cia Aérea. Aí eu economizo muita grana. Nesse ano já foram mais de 10 mil reais, com certeza, já que também comprei uma passagem internacional por lá.
Com
12min, aplicativo que tem resumo de livros, eu acabei economizando na compra de livros. Isso porque pelo aplicativo já sei quais os títulos que vou gostar mais e quais não me interessam tanto.
Há algumas semanas precisei de uma passagem aérea de última hora e descobri o site
NaHora, que vende passagens de última hora. Funcionou legal com uma economia boa.
Para controlar meus gastos uso o
GuiaBolso e o resultado é incrível, principalmente para descobrir pra onde está indo seu dinheiro no dia a dia.
Neste ano também já comprei uma viagem com a família no
Hotel Urbano, do meu amigo Eduardo. Antes havia comprado uma passagem pra Colombia no Viajanet, mas tive um problema e o suporte deles foi simplesmente Terrível!!!Ifood é meu aplicativo preferido para pedir comida e aí a economia é de tempo! Nubanké meu segundo cartão de crédito e já que não cobra anuidade fico tranquilo em mantê-lo e usá-lo em casos de emergência.
No post que fiz no linkedin falando que estava escrevendo este artigo surgiram boas dicas como o
Zaply, um chatbot que acha ofertas em supermercados, Meufindi, para passeios nos finais de semana, e Rapiddo, novo aplicativo da Movile que concentra diversos serviços.
Escrevo este artigo aqui do aeroporto de Orlando. Ontem fui encontrar alguns amigos por aqui, incluindo o Flávio Augusto (Geração de Valor/Wiseup), e busquei um restaurante no Tripadvisor. Costumava usar o Yelp para isso, mas a base do TripAdvisor está bem completa (mostra review dos usuários e preços das comidas, por exemplo).
Em viagem recente pros EUA com a família comprei dólares no site
MelhorCambio, e economizei horrores!
O melhor de tudo isso é que todas essas ferramentas são gratuitas e o modelo de negócio é sempre ganha-ganha-ganha.
 
Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, maior plataforma de vídeos online da América Latina, e autor do Best Seller Pense Simples (que você pode comprar com cashback).

Publicado em Publicado em27 de setembro de 2017

FONTE: https://www.linkedin.com/pulse/conhe%C3%A7a-ferramentas-que-me-ajudaram-economizar-uma-grana-caetano/?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-7-Unknown&midToken=AQEbJRdFzLUhHg&fromEmail=fromEmail&ut=0KkFWmWrg_f7Y1

quinta-feira, setembro 28, 2017

Pós-graduação ou MBA? Conheça as diferenças entre os cursos



Sala de aula da Universidade Veiga de Almeida Foto: Divulgação Extra
 
Faz tempo que a graduação deixou de ser o ponto final da vida acadêmica. Afinal, ter um curso superior não é mais um diferencial, mas quase pré-requisito para um profissional de sucesso. Mas, na hora de se especializar, surge a dúvida: que tipo de curso fazer? Qual é a diferença entre pós-graduação, especialização e MBA? Aliás, tem diferença mesmo?

— Todo MBA é uma pós, mas nem toda pós é um MBA —, explica Beatriz Balena, Pró-Reitora de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade Veiga de Almeida (UVA).

De acordo com Beatriz, cursos de pós-graduação são todos aqueles que vêm depois da graduação. Entre eles, há dois tipos: os stricto sensu, que são o mestrado, o doutorado e o pós-doutorado; e os lato sensu, que são a especialização (que muita gente chama de pós) e o MBA. Esses últimos têm o mesmo peso acadêmico, mas perfis diferentes.

— MBA tem um foco em gestão, negócios, empresa. É procurado por quem quer se preparar para ser líder ou gestor. Já a especialização é um aprofundamento em uma área. Por exemplo, a nutrologia, que é um curso que temos na UVA, é procurada por quem deseja se especializar em determinados aspectos da nutrição. Quem deseja se preparar ser líder na área de saúde pode optar pelo MBA em Gestão Hospitalar, que vai formar um gestor — exemplifica Beatriz.

Ainda de acordo com a pró-reitora da UVA, outra diferença entre os cursos de especialização e MBA é a duração. Enquanto a carga horária do primeiro é de cerca de 360 horas, a do segundo pode passar de 400.

Entenda os cursos:

MBA - Master Business Administration: em tradução literal do inglês, Mestre em Negócios e Administração. Mas, no Brasil, esse curso é lato sensu, ou seja, não tem nível de mestrado. Trata-se de uma especialização focada em negócios e mercado. É indicado para líderes ou gestores em formação ou com carreira consolidada.

Pós-graduação lato sensu ou especialização: É um aprofundamento numa área específica. O curso é indicado para profissionais que procuram um diferencial e desejam focar sua atuação no mercado.

Pós-graduação stricto sensu: é direcionada para o aspecto acadêmico das áreas profissionais, e consiste nos mestrados, doutorados e pós-doutorados.
 

Em tempos de crise, cresce busca por analistas de compras


 
Para uma empresa, tão importante quanto saber vender é saber comprar. Principalmente em momentos de crise, quando a negociação eficiente da aquisição de insumos pode reduzir gastos e economizar custos de logística. Por isso, o analista de compras é apontado como um dos cinco profissionais mais procurados no mercado brasileiro este ano, de acordo com estudo divulgado pelas consultorias ManpowerGroup, Michael Page, Page Personnel e Robert Half.

A rotina desse profissional é composta por quatro etapas: analisar, planejar, cotar e comprar. Organização também é uma competência fundamental, já que é necessário lidar com diversas áreas da empresa e, no caso de grandes empresas, gerir grandes volumes de compras.

— O planejamento é fundamental para que não se compre no momento errado e na quantidade errada. Qualquer falha pode provocar a falta do produto na prateleira ou a sobra no estoque — explica Eduardo Ribeiro, de 34 anos, que há 12 anos compõe a equipe de compras nas Casas Pedro.

Na tradicional rede, especializada em frutas secas, grãos, especiarias e bacalhau, quatro pessoas são responsáveis pela aquisição de mais de dois mil itens diferentes que abastecerão as 20 unidades espalhadas pela cidade, além da televendas.

O planejamento a longo prazo também é fundamental, como explica o economista Tirlê Cruz, professor de Administração, Logística e Comércio Exterior na Universidade Veiga de Almeida (UVA).

— Dependendo do ramo de atuação, é possível fazer o planejamento de compras para o ano todo, o que dá um maior poder de barganha na hora da compra. Mas é preciso prestar atenção a situações de crise, como a que vivemos hoje, quando o consumo cai — explica o especialista.

Competências do analista de compras:

Organização — Para atuar em diferentes frentes, é preciso manter a documentação em ordem e criar uma rotina de trabalho.

Relacionamento — Saber trabalhar em equipe é fundamental, já que existe uma interface permanente com outras áreas da empresa.

Atualização — Manter-se informado sobre o mercado, participando de feiras, congressos e eventos.

Estratégia — Conhecer a estratégia da empresa de forma a alinhar suas negociações para o atingimento das metas.

Saber negociar — Antes de fechar o negócio, é preciso se munir de todas as informações possíveis sobre a matéria-prima e o fornecedor.

Indicadores — Para prestar conta de seu trabalho, é importante criar indicadores e acompanhá-los.
Tirlê Cruz é professor na Universidade Veiga de Almeida (UVA) Foto: Divulgação
Leia a seguir um depoimento do professor Tirlê Cruz sobre as perspectivas da analista de compras no mercado atual.

“A carreira de analista de compras é crescente no mercado brasileiro. Embora esse profissional ainda não seja tão bem remunerado por aqui, já que o salário varia na faixa de três a sete mil reais, a tendência é ser cada vez mais valorizado. Na crise, aumenta a necessidade de cortar gastos e evitar desperdícios. Se uma empresa compra mal, a distribuição fica problemática e, no fim, toda a cadeia de suprimentos é prejudicada. O estoque é o coração da empresa, e o analista de compras é o elo entre esse setor com o resto do organismo da empresa”.
 
02/08/17 09:50 Atualizado em 02/08/17 09:57

quarta-feira, setembro 27, 2017

Inglês ou pós-graduação: o que fazer primeiro?



Eu sempre recebo muitas dúvidas sobre este assunto. São pessoas que, por motivos variados, não podem, ao mesmo tempo, estudar inglês e fazer uma pós-graduação. Elas sempre me perguntam o que devem priorizar, caso queiram ser contratadas por grandes Organizações.

Meu conselho inicial é que você tente organizar as duas atividades na sua agenda. Há muitos cursos de inglês online atualmente que oferecem bom suporte para o aluno. Em geral, esses cursos permitem até que você tenha aulas de conversação com professores estrangeiros para aumentar sua fluência no idioma.
 A vantagem de estudar a distância é a possibilidade de gerenciamento do seu tempo: você não precisa estar em uma aula com dia e hora marcados, podendo estudar no horário em que lhe for conveniente.
Por outro lado, é preciso ser disciplinado, para evitar que essa flexibilidade oferecida se transforme em um problema. Há pessoas que não conseguem se organizar para fazer um curso a distância: estão sempre priorizando outras atividades e deixando o curso de lado.
Há outras que não conseguem ter foco. Ao acessar o curso online, perdem-se em outras atividades que precisam realizar usando a internet. Por isso, avalie seu perfil, verificando se conseguirá aproveitar as potencialidades do curso de idioma online ou se, para você, estudar presencialmente é a melhor opção.
Algo que precisa ser desmitificado é o fato de que, para conseguir fluência em uma língua estrangeira, você precisa sair do seu país e estudar fora. Isso não é necessário. É perfeitamente possível ser fluente em outro idioma estudando aqui no Brasil. Logicamente, isso vai requerer a sua dedicação aos estudos.

Como eu havia mencionado, a minha sugestão é que você consiga agregar o estudo do inglês ao MBA ou especialização. Algumas instituições permitem que você inicie a sua pós cursando a quantidade de matérias que desejar. Ou seja, se por razões econômicas ou mesmo de agenda, você só quiser cursar uma disciplina por semestre, isso é possível.
Talvez esse seja um caminho que permita a você não precisar abrir mão nem de um objetivo, nem de outro. Você pode demorar um pouco mais para terminar a pós e fazê-la dentro do seu ritmo e possibilidades.
 Mas se não tem jeito, se você não tem condições de fazer os dois simultaneamente, sugiro que opte pelo inglês. Se a sua intenção é ocupar uma posição em uma multinacional, não é possível adiar o aprendizado dessa língua estrangeira.
 Como vocês sabem, eu sou uma profissional bastante experiente na área de seleção de pessoas. Sendo assim, já participei do processo de seleção de muitos profissionais. A nossa conduta, ao contatar por telefone um candidato para checar se ele atendia aos requisitos de uma determinada vaga, era questionar sobre o nível de inglês. 
Caso o candidato informasse possuir inglês avançado, no próprio contato telefônico, era feito um teste, uma pequena conversação nesse idioma, como forma de checar se ele atendia a esse requisito.
Uma outra dica: nunca minta para o profissional que está conduzindo o processo seletivo. Em uma circunstância como essa, você ficaria extremamente envergonhado ao ser submetido a uma avaliação oral em que não conseguisse compreender o que lhe está sendo perguntado ou não conseguisse responder aos questionamentos feitos.
Nos processos seletivos que conduzíamos, era bastante comum os candidatos serem descartados por não possuírem fluência em inglês. Por outro lado, eu nunca vi alguém ser eliminado do processo seletivo por não ter pós-graduação.
Por isso eu te aconselho: busque tornar seu inglês no mínimo avançado. As empresas que oferecem melhores posições e, como consequência, melhores salários, vão requerer fluência em inglês. Por isso, se você almeja uma vaga nessas Organizações, busque aprimorar seu conhecimento dessa língua estrangeira.
Continue estudando sempre, arrume amigos em outros continentes para não perder a fluência e se ainda não fez uma pós-graduação a hora de fazer é quando o seu inglês já estiver avançado.
Publicado em Publicado em25 de julho de 2017
Tais Targa
Psicóloga, Mestre em Educação e Coach de Empregabilidade – Job Hunter. Mentora de Coaches e especialista em Otimização de LinkedIn. Seu histórico profissional engloba empresas tais como: KPMG, FIEP e Universidade Positivo. Atualmente é responsável pela TTarga Carreira e Recolocação, atuando desde 2010 nos serviços de Recolocação Profissional, Transição de Carreira e Coaching. Empreendedora digital, empresária, aficionada por redes sociais, palestrante, autora, mãe e autodidata.
 

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