Uma foto é mais do que uma imagem congelada no tempo; é um portal para o passado, onde se esconde uma lembrança e uma história única. Cada clique capta um momento especial, repleto de detalhes, emoções e recordações que podem se transformar em toda uma narrativa. Ao olhar para uma foto antiga, somos convidados a reviver conversas, sensações e até mesmo desafios superados. Ela nos lembra de onde viemos, celebra nossas conquistas e, muitas vezes, ensina lições valiosas sobre o passar do tempo.
Quem me viu naquele já longínquo
5 de maio de 2017 palestrando na primeira edição do #MeetupMSSP ao
lado de feras como Priscila
Stuani e Andrio Ferreira, não
faz ideia que aquele moleque franzino, meses antes, ao largar seu emprego numa
agência de marketing para
virar freelancer, ouviu do seu antigo chefe que precisava se
“comunicar mais”.
Levei aquele conselho numa boa.
Eu sabia que, no fundo, ele tinha razão. Sempre dei muito valor aos conselhos
de pessoas mais experientes e não foi diferente daquela vez. Afinal de contas,
ouvi aquilo do capitão do time. Ele é um cara que entende das coisas.
Mas, por que ele disse isso?
Bom, meu trabalho como
desenvolvedor web exige muita concentração. No dia a dia da agência, como
estava sempre focado nas linhas de código, conversava pouco com os colegas.
Por, digamos, ficar fechado naquele meu “mundinho”, passei a impressão –
correta, confesso – de ser uma pessoa tímida, um cara de poucas palavras.
Assim que me despedi do pessoal e
cheguei em casa, fiquei pensando naquelas palavras. Deitei na minha cama e
fitei o teto por alguns minutos. Aquilo ficou martelando na minha cabeça. Se
meu objetivo era trabalhar por conta própria, ser um freelancer, eu não podia
passar essa imagem. Eu precisava ser um cara comunicativo! Eu precisava driblar
a timidez!
Em tudo o que me proponho a
fazer, procuro sempre entregar o melhor. E isso é real, não é clichê de entrevista
de emprego. Esse negócio de vestir a camisa e dar o sangue é algo que aprendi
desde cedo no futebol. Então, nunca me importei em fazer horas extras, por
exemplo, e mesmo ganhando relativamente pouco na época, por adorar o que fazia
e, principalmente, o ambiente de trabalho, eu realmente me entregava para a
empresa. Tinha orgulho de estar ali.
Digo isso porque quando cheguei
em casa naquele dia, após o tal conselho, a vida de freelancer deixou de ser
vontade e se tornou realidade. Isso significava que a partir daquele dia eu
deveria superar minhas limitações no que dizia respeito a comunicação. Se antes
eu era o que chamam no futebol de “jogador para compor o elenco”, agora tinha
me tornado o camisa 10 e capitão: o astro da companhia.
Se na agência eu só precisava
programar, trabalhando por conta própria eu deveria tratar diretamente com
clientes. Eu precisava ter um relacionamento próximo com esses caras – ou teria
sério problemas. Eu precisava me vender! Eu precisava ser visto! Eu precisava
de tantas coisas...
O poder da palavra “sim”
Em meio à tempestade, o convite
inesperado. Enquanto eu continuava sem rumo, a Priscila Stuani, minha cliente,
me convidou para ser o organizador e um dos palestrantes da primeira edição do
Meetup de Redes Sociais em São Paulo. Eu, o moleque da base que precisava se
comunicar mais.
Confesso que fiquei mais
desorientado do que a defesa do Brasil naquele 7x1 contra a Alemanha. Minha
timidez quase me forçou a recusar o convite. Porém, enxerguei aquilo como uma
oportunidade. Um desafio, na verdade. Talvez um evento do tipo fosse exatamente
o que eu precisava naquele momento.
O drible histórico do argentino Messi no zagueiro alemão Boateng. Foto: Divulgação.
Bom, eu aceitei o convite. E
posso afirmar que dizer “sim” foi o drible perfeito para cima da minha timidez
– como se o poder dessa palavra fosse o Messi e meus
medos o Boateng...
Citei o Daniel Alves no início do
texto porque aqui cabe uma analogia sobre algo que ele citou naquele texto.
“Quando eu fui para a Juventus, eu fiz
uma promessa final para a cúpula do Barcelona. Eu disse, 'Vocês vão sentir
saudades de mim'. Eu não quis dizer como jogador. O Barça tem muitos jogadores
incríveis. O que eu quis dizer foi que eles iriam sentir saudade do meu
espírito. Eles iriam sentir saudade de alguém que prezava tanto pelo ambiente e
pelo clube. Eles iriam sentir saudade do sangue que eu derramei todas as vezes
que eu coloquei a camisa do Barcelona”. – Daniel Alves.
Quando deixei a agência para
trás, prometi a mim mesmo que procuraria ser mais comunicativo. Mais que
prometer, eu tomei uma atitude! Eu deixei para trás as famosas
“crenças limitantes” e disse “sim” para algo totalmente fora da minha zona de
conforto.
O Meetup de Mídias Sociais
evoluiu e hoje é um projeto que tem se mostrado como um marco positivo na minha
vida. Tudo porque eu disse “sim”! Conheço pessoas novas a cada edição, faço
muito networking e participo de várias reuniões presenciais. Agora, quando o
assunto é comunicação, me sinto o Neymar no PSG: recebo o passe e driblo o time
inteiro! Haha!
O conhecimento é o melhor
investimento
Sou um cara autodidata, sempre
busco aprender coisas novas sobre a minha área. Ela muda com frequência e está
em constante evolução, então tenho que estar ligado nas novas tecnologias para
entregar o melhor para os meus clientes.
O Meetup me ajudou a superar a
timidez e, de certa forma, a ser visto, mas eu ainda não sabia como lidar com a
questão do marketing pessoal – algo fundamental para qualquer profissional
(autônomo ou não).
Percebi que, diferente da minha
área de atuação, dessa vez eu precisaria de ajuda profissional. Eu precisava
investir em mim mesmo. Foi então que conheci o Matheus de Souza, o
terceiro brasileiro mais influente do LinkedIn. O cara tem vários
artigos publicados sobre o tema (como
esse aqui) e, recentemente, lançou um curso totalmente online sobre
“Marketing Pessoal e Produção de
Conteúdo no LinkedIn”. Fui um dos primeiros alunos e posso dizer que
suas dicas foram e estão sendo fundamentais na minha carreira como freelancer.
Tenho utilizado o LinkedIn como a principal ferramenta para gerar novos
negócios e até então meus resultados têm sido excelentes.
Além disso, um livro também me
ajudou muito.
Sabe quando o técnico aproveita
que o jogo está parado e chama o jogador na beira do gramado para dar uns
conselhos? O momento é esse!
Tem dificuldades para se
expressar e falar em público?
Então, vamos lá:
“TED
Talks”, escrito pelo presidente do TED, Chris Anderson, é um guia
para você falar em público.
Esse livro explica como alcançar
o feito de produzir uma fala marcante. Não há uma fórmula, já que nenhum
discurso deve ser igual a outro. Contudo, existem ferramentas que podem
garantir o desempenho de qualquer orador.
Talvez
a timidez ainda me drible duas ou três vezes
Conto tudo isso porque, muitas
vezes, ficamos paralisados quando encaramos o desconhecido. O tal do “eu não
sei fazer isso” nos impede de seguirmos em frente. Se eu dissesse “não” para a
Priscila, certamente não estaria aqui escrevendo este texto. Se eu colocasse em
minha cabeça que ser visto no LinkedIn é algo para poucos, certamente não teria
investido no curso do Matheus e fechado novos negócios desde então.
Bom, assim como o Daniel Alves,
encerro o texto te contando outro segredo.
Talvez a timidez ainda me drible
duas ou três vezes. Certo, tudo bem. Mas eu irei para cima
dela, também. Eu não
quero ser invisível. Eu quero o palco. E é dizendo “sim” e me aperfeiçoando que
faço isso.
Foi assim que driblei a timidez e
me tornei um profissional melhor.
A comemoração dos 25 anos da Fosfertil, realizada em 2003, foi um evento marcante que celebrou o compromisso e a dedicação dos empregados que ajudaram a construir essa empresa ao longo dos anos. A Fosfertil sempre valorizou seus funcionários, reconhecendo o papel fundamental que desempenharam no crescimento e na consolidação da empresa no setor de fertilizantes.
Com o passar dos anos, a Fosfertil passou por diversas incorporações e mudanças estruturais, o que impactou diretamente a relação da empresa com seus colaboradores. Em 2010, a Fosfertil foi adquirida pela Vale Fertilizantes, e posteriormente, em 2018, tornou-se parte da Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras de fertilizantes do mundo. Essas transformações alteraram significativamente a cultura organizacional, e muitos dos antigos funcionários acabaram deixando a empresa.
Apesar das mudanças, essa celebração de 2003 continua sendo uma lembrança especial para aqueles que fizeram parte da história da Fosfertil.
Em pé: Fausto Barreto, Chadú e Aurelio
Sentados: Vilson Florentino e Sebastião Felizardo
Alguns nomes: João Cadu, Mauro Carias, Renato Capucci, Perpetuo, Rogerio, Vilson, João Dimas, Chadu, Manoel, Aurelio e Felizardo. Flávio, Jamelão, Nadin, Marota, Júlio, Romilda, Rodrigo Perfeito, Armondes
Como você sabe, eu trabalho com
recolocação e transição de carreira, ou seja, presto consultoria a pessoas que
estão buscando um novo trabalho, mudando de área ou iniciando um novo negócio.
Esse artigo é fruto de uma entrevista que dei à rede Globo.
Como recebo sempre muitas dúvidas
a respeito, também quis escrever sobre o assunto. Atualmente tem muita gente
querendo empreender, às vezes, transformando seu hobby ou suas paixões em fonte
de renda.
Um dos fatores que tem
impulsionado essa mudança é a situação do mercado. Por causa da crise e da alta
taxa de desemprego, a quantidade de mão de obra reserva é bastante grande. Isso
faz com que o mercado não consiga absorver todas essas pessoas em empregos
formais. Dessa forma, talvez você precise se reinventar e é nesse momento que
pode descobrir que não necessita de um emprego formal e sim de um trabalho que
possibilite uma remuneração. A partir daí pode se perguntar o que pode fazer
para ocupar seu tempo fazendo o que gosta e ser bem remunerado por isto.
Se você chegou a essa conclusão,
é preciso que responda algumas perguntas antes de seguir por esse caminho.
Eu
tenho a persistência suficiente?
Qualquer empreendedor,
especialmente no Brasil, precisa ter muita paciência e persistência. Não se
trata simplesmente de achar que você irá abrir um negócio e haverá uma multidão
de clientes na sua porta os quais vão lhe proporcionar uma renda três ou quatro
vezes maior do que a que tinha antes.
Pelo contrário, possivelmente nos
primeiros meses a sua renda será ainda menor do que a que tinha quando estava
empregado. Esse retorno vem com tempo e dedicação ao seu negócio. E te digo que
você será testado diariamente, pois terá que pensar no todo e muitos problemas
surgirão. Um dia é a internet que não funciona, outro dia é o cliente que não
lhe pagou, outro dia é a máquina do cartão de crédito que deu pane e assim por
diante. E, no início é provável que não tenha equipe para cuidar disto, você
mesmo terá que colocar a mão na massa, dar conta de todas as suas atividades,
sorrir para o cliente e resolver os problemas operacionais.
Eu
tenho a disciplina necessária?
Há pessoas que só produzem
satisfatoriamente quando precisam prestar contas a um cliente ou chefe. De
outro modo, elas simplesmente se acomodam. Ter seu próprio negócio exige estar
em constante movimento, trabalhando, em muitos casos, até mais do que quando se
tinha emprego para alcançar o objetivo. É possível que sua cabeça trabalhe 24
horas por dia, e é aí que muitos empreendedores desistem, pois você se vê
escravo do seu próprio negócio. Em muitas situações pode ter muitas saudades da
época em que era CLT e no fim do dia desligava o seu computador e sua mente era
livre pra não pensar mais em trabalho. Ter uma empresa exige muita disciplina.
Eu mesma sou a dona da empresa e tenho um plugin que desabilita o feed de
notícias do meu facebook, ou seja, só entro nesta rede social fora do trabalho.
E o meu negócio começou a render muito mais quando descobri que era necessário
sim que eu cumprisse horário, estivesse no escritório no mínimo 8 horas por
dia. Atualmente trabalho muito mais que isso e preciso de muita disciplina,
pois ninguém me diz o horário que eu tenho que cumprir, ou se posso ou não
entrar em rede social no horário do expediente. Sou eu mesma que defino isto.
Para tal o meu nível de disciplina tem que ser muito mais alto do que quando eu
era funcionária.
Eu
sei vender?
Muitos acham que fazer propaganda
na internet é suficiente para obter o retorno necessário. O processo de venda
acontece o tempo inteiro. Conhecer as estratégias para vender adequadamente o
seu produto ou serviço é algo muito importante. A grande sorte é que temos hoje
muitos cursos e conteúdo interessante na internet. Saber vender é uma
competência que pode sim ser adquirida. E se você já está entrando em campo com
o pensamento “eu não sei vender” precisa ressignificar isto agora mesmo, pois
as pessoas prósperas e bem-sucedidas sabem sim vender, principalmente
realizando autopromoção.
O que se necessita é de
disposição para buscar esse saber, assim como disponibilidade para se
reinventar, se preciso. Por exemplo, eu, nesse momento, não sou a Tais tímida e
introvertida, pois, ao escrever esse artigo ou quando gravo um vídeo, estou
focada na minha missão de vida, que é impactar a existência de mais pessoas. E
para tal eu preciso SIM vender a minha imagem e ser capaz de promover os meus
serviços.
Se você reconhece que precisa
aprender mais, o primeiro passo é ajuda. Várias instituições poderão lhe
oferecer uma base para iniciar seu negócio através de cursos gratuitos,
consultoria e planejamento estratégico.
Ao elaborar um plano de negócios,
por exemplo, você terá a oportunidade de se questionar sobre uma série de
aspectos, bem como aprender sobre outros. É nesta etapa que você vai pensar
sobre aonde quer chegar, quanto estima faturar, quem é seu público-alvo, entre
outras questões, além de adquirir o preparo técnico para iniciar o empreendimento.
Isso se chama estratégia. Assim
você não usa simplesmente a cara e a coragem, mas tem o seu voo orientado por
uma instituição que tem know-how do assunto. A partir de
todas essas questões definidas, você poderá traçar metas e aprender o básico
sobre uma série de aspectos, inclusive financeiros, que serão necessários para
o sucesso do seu negócio.
É difícil transformar o hobby em
negócio?
Para algumas pessoas, é bastante
difícil transformar o hobby em negócio. Isso acontece porque muitos têm o que
podemos chamar de crenças limitantes. Trata-se de pensamentos do tipo “como eu
estou ajudando pessoas, não vou cobrar por isso ou cobrarei muito pouco” ou
“cobrarei bem menos do que meu produto vale, dando desconto às pessoas” “fazer
o que se ama é utopia”.
Saber cobrar é extremamente
importante. Compreenda que seu hobby se transformou em um negócio. Para que ele
dê certo e você possa manter a qualidade, é muito importante ser bem remunerado
por isso. Valorize o seu esforço, os cursos que fez e as horas de trabalho que
foram necessárias para que se pudesse chegar a um resultado satisfatório.
Em suma, aprender a precificar o
seu trabalho e/ou o seu produto é extremamente importante para o sucesso do seu
negócio.
Quero te dizer que é viável
ganhar dinheiro com a sua paixão. Mas é preciso persistência, disciplina e
saber vender. Todas essas habilidades podem ser aprimoradas ou até aprendidas.
Por isso, dê o primeiro passo e
se esforce. Tenha clareza de quais são os seus talentos, do que te dá prazer e
de que maneira poderia usar os seus dons a serviço dos outros. Para isso eu te
lanço 3 perguntas:
- Se eu entrasse no seu
computador agora, qual seria o seu histórico de navegação?
- Para que geralmente as pessoas
ao seu redor solicitam a sua ajuda?
- Se vivêssemos em um país
socialista onde não houvesse diferenças salariais e você pudesse escolher
qualquer profissão, o que você decidiria fazer?
É importante que você se faça
estas perguntas e muitas outras, tentando descobrir qual é a sua missão.
Aos poucos o universo vai conspirar a seu favor. Não há sensação melhor
do que fazer o que se gosta, do que ter a certeza de que está usando os seus
talentos e cumprindo seu propósito no mundo. Quando podemos acordar todos os
dias para fazer isso, a vida se torna mais leve e as pessoas são mais felizes.
Tais Targa - Top Voices LinkedIn
Psicóloga, Mestre em Educação e
Coach de Empregabilidade – Job Hunter. Mentora de Coaches e especialista em
Otimização de LinkedIn. Seu histórico profissional engloba empresas tais como:
KPMG, FIEP e Universidade Positivo. Atualmente é responsável pela TTarga Carreira e Recolocação, atuando desde 2010 nos
serviços de Recolocação Profissional, Transição de Carreira e Coaching.
Empreendedora digital, empresária, aficionada por redes sociais, palestrante,
autora, mãe e autodidata.
Você já deve ter lido ou ouvido
alguma história de alguém que estava desmotivado, combalido ou completamente
perdido em um emprego chato e entediante, mas que, de repente, saiu da zona de
conforto e engatou vida e carreira novas. O mundo corporativo está cheio delas.
Agora imagine o roteiro acima com
uma premissa diferente. Uma história de caras milionários, que já haviam
encontrado a fórmula do próprio sucesso e que, mesmo assim, resolveram
abandonar a segurança das certezas e se enveredar por caminhos que ninguém
havia trilhado.
Uma história de caras milionários, que já
haviam encontrado a fórmula do próprio sucesso e que, mesmo assim, resolveram
abandonar a segurança
Os caras em questão são os
Beatles. Em 1966, depois de uma exaustiva turnê e no auge da carreira, os
integrantes da banda estavam angustiados. Não se sentiam muito satisfeitos com
o que haviam criado ou achavam que seus trabalhos, até então, se ressentiam da
falta de uma pegada mais pessoal e criativa.
Nessa trajetória musical há uma
fabulosa lição sobre um dos itens mais repetidos dos guias motivacionais: o
“como sair da zona de conforto”. A começar pela redefinição desse conceito por
vezes nebuloso.
Se para muitos essa tal “zona”
significa um trabalho repetitivo ou mal reconhecido, algo que parece um pouco
distante do que pode ser chamado confortável, para os Beatles ela era um lugar
onde faziam fortuna, centenas de shows e ainda contavam com um refúgio mais do
que seguro, digno daquela que já era considerada a maior banda do mundo.
Mas foi a partir dessa
encruzilhada que começou aquele que pode ser considerado o álbum mais perfeito
- ou o mais influente - dos Beatles e que completou 50 anos em 2017: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts
Club Band.
Os Beatles decidiram recomeçar mesmo
antes de seus integrantes completarem trinta anos
Os Beatles decidiram recomeçar
mesmo antes de seus integrantes completarem trinta anos. Primeiro, deram um
tempo dos concertos e aparições. Meses sumidos. Chegaram até a dizer que não
tocariam mais ao vivo. Não suportavam mais as longas turnês e viagens
intermináveis. Todos concordaram que precisavam descansar.
A história diz que usaram o tempo
livre em busca de muitas coisas que ainda não haviam experimentado. Entre elas,
o autoconhecimento. Sem esquecermos de que na época, o LSD também era um
propulsor para viagens interiores, ainda que seu efeito nas criações do
quarteto seja muitas vezes superestimado. Mais decisivos que as drogas foram as
condições necessárias para que cada músico pudesse se encontrar em meio ao caos
mental e físico.
A volta às origens, à infância e,
às essências de cada um se refletiu nas músicas e nas letras que chegariam em
maio de 1967. As sonoridades dos metais, a influência das músicas que ouviam em
casa e as letras sobre o amadurecimento que aparecem em canções como “Gettting
Better” ou “Fixing
a hole” são exemplos da mudança de postura da banda que, apesar do
envelhecimento, não deixaram de tocar os ouvidos dos jovens como em “With
A Little Help From My Friends” ou mesmo em canções que podem até ser
ouvidas por crianças como a clássica “Lucy
In the Sky with Diamonds”.
Para escapar do conforto em que haviam se
deitado como “Reis do Yeah, yeah, yeah”, os Beatles também se permitiram a
liberdade necessária para criar coisas novas
Para escapar do conforto em que
haviam se deitado como “Reis do Yeah, yeah, yeah”, os Beatles também se
permitiram a liberdade necessária para criar coisas novas. Utilizar o nome Sgt.
Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi como estabelecer um pseudônimo que os
concedesse um aval para soar como uma banda nova, sabendo do risco que corriam
com os fãs mais conservadores, mas atentos às possibilidades de encontrar um
público ainda maior para suas músicas.
A primeira faixa, que também leva
o nome de “Sgt.
Pepper’s Lonely Hearts Club Band” é exemplo de uma guitarra com a
distorção que serve para definir tudo o que é chamado de rock até hoje, 50 anos
depois do seu lançamento.
Nessa ebulição criativa, os
Beatles também definiram o que se acostumou a chamar de álbum conceito. Uma
sequência de músicas feitas sem interrupção que contam uma história com começo,
meio e fim. Para quem acha que storytelling é coisa nova, em 1967 os Beatles
estavam fazendo isso em um disco de vinil.
É mais difícil entender pra quem
já nasceu na era do flow dos aplicativos de música. No entanto, Sgt.
Pepper’s é um disco feito para se escutar de ponta a ponta. A ordem de nenhuma
música está ali por acaso e vale à pena sair da zona de conforto por essa
experiência. Aliás, o conceito de um álbum já começava na capa. No caso de Sgt
Peppers, um trabalho feito por Peter Blake, que reuniu as maiores referências
da banda - podemos identificar o escritor Edgar Allan Poe, o ator Marlon
Brando, Bob Dylan e até Karl Marx, entre muitas outras.
Sgt. Pepper’s é um disco feito para se
escutar de ponta a ponta. A ordem de nenhuma música está ali por acaso
Mesmo com tanta coisa boa, não
quer dizer que os Beatles tenham acertado tudo a toda hora. George Martin,
produtor da banda na época, considera até hoje um de seus maiores equívocos
profissionais a não inclusão de duas músicas criadas no período de produção de
Sgt. Pepper’s: Penny
Lane e Strawberry
Fields Forever. Já os Beatles não parecem ter motivos para lamentar.
Sgt Peppers ficou 15 semanas no topo da Billboard e 27 semanas liderando a
lista do Reino Unido. É até hoje uma das obras mais cultuadas entre fãs de todo
o mundo.
PS.:
Fiz questão de colocar o link das músicas que mencionei para que fique mais
divertido acompanhar o texto. Mas há outro motivo: embora muito se fale de Sgt.
Pepper’s, muita gente não dedicou pouco mais de 40 minutos para escutar o álbum
todo. Então, deixo o convite para essa oportunidade.
Em tempos de crise econômica, muitas empresas
quebram a cabeça para encontrar formas de motivar as pessoas que integram seus
times. Isso acontece porque grande parte delas está acostumada a promover a
felicidade por meio de recompensas financeiras. Mas será
mesmo que essa é a única forma de fazer com que um colaborador se sinta
motivado e engajado?
A resposta para essa pergunta é não, por mais
estranho que isso possa parecer. Claro que dinheiro é importante e as pessoas
valorizam e precisam disso, porém, existem várias outras formas de motivar as
equipes. Inclusive, a edição de 2017, da nossa pesquisa Carreira dos Sonhos
fala justamente sobre isso: o que as empresas podem fazer, gastando pouco, para
deixar as pessoas felizes.
O primeiro ponto importante para motivar e engajar
as pessoas é trabalhar a liderança e a equipe, como um todo, para aumentar o
nível de confiança na empresa e entre as pessoas. Para que isso seja possível,
é fundamental entender que confiança não se ganha na declaração, mas em um
processo de construção que envolve comportamentos consistentes. Ou seja,
basicamente, é preciso ter coerência entre fala e prática:
falar o que se faz e fazer o que se fala.
A segunda coisa que uma empresa pode fazer para que
as pessoas se sintam mais felizes tem a ver com empoderamento,
ou seja, elas querem poder vir inteiras para o trabalho, poder ser quem elas
são e ter mais autonomia no seu dia a dia, para decidir quando, onde e com o
que trabalhar.
Por último, mas não menos importante, está o valor do aprendizado e existem muitas formas
de se trabalhar essa questão na empresa. Uma delas é por meio de treinamentos,
que podem ser no estilo mais formal, ou não. Imagine como pode ser gratificante
para o time interno se a organização opta por usar aquilo que as equipes já
conhecem, já sabem e podem ensinar para mais gente. Além de ser eficiente é
recompensador para as pessoas envolvidas.
Como você pode ver não é tão difícil fazer com que
o time se sinta feliz e motivado, mesmo que não aja recompensas financeiras.
Muito mais que dinheiro, as pessoas querem sentir que há um propósito naquilo
que fazem, que o tempo que dedicam ao trabalho trará satisfação pessoal, ou
seja, elas querem ter certeza de que tudo o que fazem tem algum sentido.
Olhe mais para o seu time e perceba o que está
faltando para que o engajamento se instaure e a motivação aconteça. Quando você fizer isso, será muito mais fácil
entender quais ações são necessárias para fazer as pessoas mais felizes.
Estava caminhando na volta do
almoço, pensando o quanto a vida tem nos imposto muitos pesos. E por
incrível que pareça, esses pesos não são muito diferentes de uma pessoa para
outra. Eles só mudam o sotaque, a roupa ou a profissão. Pois no fundo, nossas
dores são muito parecidas.
A crise que tomou conta do
país não se manteve somente dentro dos meios profissionais ou políticos, mas
abriu uma porta para que nos questionássemos como estavam nossas expectativas e
nossos planos.
Hoje a crise também é interna,
está na hora de aprendermos com ela e termos coragem de assumirmos nossa
parcela de culpa. E não nos isentarmos do cenário como se tudo fosse culpa de
um governo, de uma sociedade ou de um tempo.
É hora de refletirmos se
nossas certezas estavam tão firmes e inabaláveis e principalmente onde elas
estavam apoiadas. Talvez, seja duro ver, que as vezes construímos castelos
de areias.
E que os anos de experiência e
especialização, estão sendo trocados por poucos anos de estudo e um serviço
mediano. A Frase que o "ótimo é inimigo bom" foi
sendo usada como desculpa para um serviço sem expressão.
Pois em tempo de crise a
perfeição se torna secundária nos processos e a execução dele torna-se o
objetivo. Não quero saber como vai ser feito, o que importa é que seja feito.
Mas como entender todo esse
processo em que vivemos? Usar desse mar revolto, como ferramenta para
encontrarmos um meio de sair por cima e inteiros?
Bom, eu tenho uma verdadeira
admiração pelo mar, pelos surfistas, marinheiros e como eles conseguem
"dominar" o mar. Quanto mais forte o mar e as ondas, mais intenso e
belo são suas vidas e histórias. Dizem que mar calmo não fazem marinheiros e
ondas baixas não transformam surfistas em Ídolos. Cada vez mais estou
entendendo isso.
Mas como dominar o mar, se ele
tem suas regras e sua fúria muitas vezes arrasa com vidas? Na verdade não se
domina o mar, se respeita. Como não se domina o mercado, mas aprende-se a lidar
com suas diversas nuances e controversas.
Interessante que um surfista e
um marinheiro com excesso de confiança e de experiência, muitas vezes fica cego
para os detalhes e não enxerga o óbvio. O que pode custar à eles a
vida. Quem assistiu o filme Mar em Fúria, entende muito bem o que estou
dizendo. O limite entre a experiência e a tolice é uma linha tênue.
Do mesmo modo nosso olhar
muitas vezes fica cego para as mudanças do mercado. E a Crise é um belo momento
para afinar nosso olhar e buscar ver o que ninguém mais vê.
E entender que somos agentes
da mudança, pois ela parte de nós. Não dá para ficarmos vendo " a
banda passar". É hora de fazermos algo por nós e pelos outros. De
reorganizar nossa vida e o rumo das coisas. Identificar em nossa história, em
nossa trajetória o que realmente pode fazer a diferença.
Mineiramente falando, a crise
não vai deixar de ser crise só porque eu estou descontente, desempregada ou não
concordo com os rumos da sociedade. A Crise só vai deixar de ser crise, quando
eu parar de coloca-la como foco da minha vida e das minhas desculpas. E
Agir!!!
Então, crie as oportunidades.
Se reinvente, volte estudar, faça contatos. Saia da toca! Tem tanto curso
online e presencial, que não vai custar nada a você. Apenas sua vontade de
melhorar e se transformar. É assim que nos mantemos vivos e nos tornamos verdadeiros
guerreiros. Como os marinheiros e os surfistas, aprenderemos a vencer o medo do
mar e fazer dele nossas melhores histórias.
Um grande abraço!!
Não deixe que os tropeços da vida tire sua
inspiração de viver! Autora texto: