GostApesar dos inúmeros relatos sobre a dificuldade de
profissionais qualificados e experientes, para se recolocarem no mercado de
trabalho, alguns nos tocam com mais intensidade do que outros.
Foi o que ocorreu recentemente,
quando acompanhei o desabafo de um profissional direcionado aos integrantes de
determinado grupo na rede social. É triste demais notar esse forte preconceito
que ainda permeia a gestão das empresas no Brasil.
Em suas palavras,
ele foi humildemente sincero ao expressar que se sente ‘excluído do mercado’,
mesmo após uma sólida carreira na área de recursos humanos.
Conversando com uma amiga que
reside na Inglaterra há algum tempo, ela reforçou que na grande maioria do
mercado europeu o preconceito com a idade é raro, quase que
inexistente. Tanto que, classificada no grupo de ‘profissionais velhos’,
ainda que esteja longe de completar meia década de vida, ela pretende retornar
ao mercado de trabalho,
Neste vídeo da TED Talks, a especialista
em carreira, Carol Fishman Cohen, nos conta sobre sua experiência ao retornar
ao mercado de trabalho após uma pausa na carreira, além de apontar como as
empresas estão lidando com talentos maduros retornando ao mercado.
De toda forma, milhares de
profissionais maduros estão na busca por recolocação muito mais por força das
circunstâncias do que por opção.
Conversei com outro profissional
mega-experiente na área de RH, para buscar entender o que rege este tipo
preconceito. Carlos Eduardo Oliveira, é ex-diretor de RH de empresas como HP,
Alcon Laboratórios e Convergys. Orientador de Pós-Carreira Corporativa, é o
fundador da People Right Consulting e da Career 360.
Veja aqui algumas de suas
colocações sobre o cenário e suas barreiras.
1 ) Quais
os principais fatores para esta drástica mudança nos requisitos para uma
contratação?
A relação empregatícia vivenciada
até o final do anos 2000 está mudando, e muito rapidamente, impulsionada pela
nova forma de fazer negócios, novas tecnologias, e influenciada também pela
chegada da geração milênio. Para este grupo, pouco importa a estabilidade - o
que vale são os desafios que se apresentam e como vão “curtir” e contribuir
para execução.
2) O que
é valorizado por profissionais acima dos 50 anos?
As pessoas da geração X , ‘os
cinquentões’ se criaram num outro modelo de relação laboral, no qual a fidelidade, a importância do tempo de emprego na empresa, a
segurança, estabilidade e etc, estavam acima de tudo.
Acontece que agora vivem num
dilema e sentem dificuldades, pois o que se apresenta são oportunidades de
trabalhos sem aquela relação empregatícia tradicional. Projetos por prazos
determinados com início, meio e fim ou mesmo consultorias com esta mesma
característica e com pagamentos definidos com base nas entregas.
Aqui começa uma certa frustração
para este profissional que não esta acostumado a esta nova relação.
3) Qual
seria a nova realidade de mercado para profissionais acima dos 50 anos?
Certamente, se apresenta num novo
e desafiador cenário, onde aqueles que se adaptarem mais rápido terão mais
oportunidade de trabalho (não emprego), de ter uma boa remuneração para dar
conta dos seus compromissos financeiros e que agora aumentaram, uma vez que não
tem mais aqueles benefícios fornecidos pelas empresas, além, é claro de
encontrar felicidade no trabalho.
Em resumo, novos tempos e
mudanças de atitudes, comportamentos são necessários para entender e se adaptar
a nova ordem. E isso é válido para todas as gerações. As mudanças só começaram
e há com certeza muita coisa por vir, basta olhar para posições de trabalho que
deixaram de existir, outras que foram substituídas por robôs e assim por
diante. É preciso estar preparado para surfar nesta onda.
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Eu, particularmente, fico
encantada com as conspirações do universo (mesmo em ambiente online). Gosto de
escrever meus artigos, salvá-los e deixar maturando antes de publicar. Eis que
me deparo com um artigo extraordinário sobre 'Os desafios da empregabilidade
na terceira idade'.
Ele nos relata uma situação
vivida, onde fica claro o preconceito contra um esteriótipo. "Certa vez
enquanto estava conversando com uma headhunter definindo o perfil de um gerente
de vendas ela levantou a questão da idade: qual o limite de idade para essa
vaga? Eu respondi na hora: Não tem limite, precisamos de um gerente que vá
fazer a diferença pois nosso comercial está sofrendo com a atual gestão. Ela
então explicou que a grande maioria das empresas prefere jovens em
vendas".
'Não há limite de
idade. Tem que ser um profissional que faça a diferença'.
Diante de tantos relatos, fico me
questionando se, realmente, há empresas que não consideram a idade como fator
limitante. Além deste preconceito, profissionais maduros e experientes ainda
enfrentam a dicotomia trabalho & aposentadoria.
Se a idade mínima para se aposentar é
65 anos e aos 50 as opções de emprego (com carteira assinada) estão minguando,
qual seria a solução?
Não tenho resposta à esta
pergunta, mas especialistas afirmam que certas atitudes contribuem para
gerenciar o período de desemprego de maneira saudável:
- Procure sempre se reciclar e
aprender novas habilidades.
- Definitivamente, perca o
medo de lidar com a tecnologia.
- Invista muito tempo para
nutrir seu networking.
- Preencha o tempo livre com
atividades motivadoras, como, por exemplo, atuar como voluntario.
- Busque trabalho remunerado e
não somente emprego, seja como freelancer, consultor, ou assessor.
- Esteja aberto ao novo.
- Jamais desista.
Acredito que as oportunidades
existem. O desafio maior é encontrar a empresa ou o negócio que
esteja buscando exatamente a sua experiência e o seu conhecimento.
Te convido a compartilhar este
artigo com profissionais maduros, talentosos e que estejam sofrendo com a cruel
saga de procurar emprego após os 50 anos.
Obrigada por sua leitura. Até a
próxima.
Abraços. Luciane Borges
Sobre a autora –
Geminiana, apaixonada por aprender
e ensinar, fissurada pelo poder das redes sociais, sou executiva de
comunicação, relações públicas, estrategista de mídias sociais, e palestrante,
com MBA em Comunicação Corporativa pela Fundação Getúlio Vargas. Após atuar por
mais de 20 anos em multinacionais dos segmentos B2B e B2C, desenvolvendo
projetos para construção de reputação e consolidação da marca, resolvi inovar
na carreira, mergulhando no universo digital.
Hoje, assessoro profissionais e
empresas a construírem e fortalecerem reputação digital, por meio de
posicionamento estratégico nas redes sociais profissionais. Idealizadora
da BeIn Digital, ministro cursos online sobre LinkedIn,
sou palestrante sobre o tema e conduzo workshops - visando à ensinar os
profissionais a explorarem tudo o que o LinkedIn oferece.
Visite meu blog lucianeborges.com para
ler mais artigos, sobre carreira, networking, superação, empreededorismo e
LinkedInPublicado em 19 de outubro de 2017
Luciane Borges |
Especialista em LinkedIn -Estrategista de Marca Pessoal | Palestrante
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