30 de outubro de 2017

Onde mora a felicidade?



Esclarecimento: não tenho a intenção de apresentar uma fórmula mágica da felicidade. Se prometesse isso, o artigo seria mais atrativo, mas menos verdadeiro. O objetivo é analisar o que faz alguns países serem considerados os mais felizes do planeta.
Só que antes de ir além de nossas fronteiras, uma olhada breve em nosso umbigo brasileiro.
Embora alguns analistas e empresários tentem ver na bolsa de valores um indicador para o otimismo, a realidade da grande maioria das pessoas passa longe dos números do mercado de ações, capazes de fazer apenas poucos sorrirem. E o momento não é muito animador.
Uma pesquisa feita pela Crescimentum/Datafolha mostra que a autoestima do brasileiro está em baixa se comparada com os mesmos dados de sete anos atrás. Nesse período, os aspectos negativos citados por 2.422 entrevistados em todas as regiões do Brasil subiu de 51% para 61%.
Os fatores apontados como os principais responsáveis por derrubar o otimismo do brasileiro são: corrupção, violência, pobreza, agressividade e poluição ambiental.
"Não há remédio que cure o que a felicidade não pode curar" Gabriel García Márquez
Há cinco anos a ONU também publica uma complexa lista (imagem abaixo) na qual tenta decifrar o nível de felicidade em cada país. Nesse caso, o olhar genérico pode trair nossas conclusões. O Brasil, por exemplo, aparece na vigésima segunda posição. Nada mal se considerarmos que estamos a frente de vários países da Europa Ocidental e outros ricos asiáticos como o Japão.
 
No entanto, um mergulho nos números ajuda a explicar algumas contradições que o gráfico traz. Primeiro, há um peso considerável para o PIB per capita. Ainda que desigual, o Brasil possui uma grande economia e isso puxa o país para cima. Por outro lado, temos uma participação muito menor em “nossa felicidade” das métricas como “liberdade para fazer escolhas pessoais”, “generosidade” e “percepção de corrupção”.
Há também outro componente que parece empurrar o Brasil mais perto do topo. Um sentimento semelhante ao que compartilham alguns países africanos, destacado pelo relatório como “essencialmente otimista, em especial na juventude. Esse otimismo funciona como uma profecia que se auto realizará nos próximos anos”. Sabe aquela história de país do futuro? Então, ela é repetida ad aeternum enquanto aguardamos ansiosamente por ele. Agora, lembremos, até o tradicional otimismo começa a sofrer abalos no Brasil do século XXI.
Por isso entender alguns pontos que fazem certos países liderar a lista pode nos ajudar a buscar nosso próprio bem-estar. Ainda que a macroeconomia, a crise das instituições e outros problemas persistam, é preciso ao menos ter um horizonte para seguir caminhando. Uma edição da revista National Geographic destrinchou três países que estão nas cabeças do ranking de felicidade: Dinamarca, Cingapura e Costa Rica (a melhor colocada entre os latinos).
Uma das conclusões é a de que a felicidade está imbricada com o governo e os valores culturais de cada nação.
Destaco alguns pontos levantados para cada país que fazem a diferença e que, respeitando-se as particularidades do Brasil, poderiam ser aplicados e, quem sabe, melhorar nossos indicadores naquele tão esperado futuro.
Dinamarca: possui um dos mais elevados impostos de renda do mundo (soa estranho quando ouvimos tantas vozes a dizer que o problema do Brasil são os impostos). Em contrapartida às altas taxas, o país escandinavo oferece saúde e educação gratuitas e ainda um serviço de apoio financeiro, uma espécie de bolsa família para que qualquer pessoa possa contar com uma renda mínima.
Outro ponto a se mencionar é o senso de comunidade combinado com o equilíbrio entre a vida profissional e o tempo para o lazer. Exemplo: lá os pais ganham um ano livre, bancados pelo governo, para cuidar dos filhos recém-nascidos. A maioria da população trabalha menos de 40 horas e possui cinco semanas de férias. De quebra, 90% dos dinamarqueses fazem parte de um clube ou uma associação ligada a esportes ou outras atividades culturais.
Cingapura: a nação asiática possui valores típicos do continente: harmonia, respeito e trabalho duro. É verdade que alguns habitantes reclamam dos altos preços e de muito trabalho. Mesmo assim, há uma forte relação de confiança e segurança entre as pessoas. Eles também possuem um programa que evita maiores diferenças salariais. Qualquer um que se esforce em qualquer trabalho, até a mais humilde das ocupações, tem garantido um salário para uma vida digna, com subsídios em moradia e saúde.
Costa Rica: O pequeno país da América Central é talvez aquele que culturalmente mais se aproxima do Brasil e, por isso, é importante entender um pouco mais da receita da felicidade dos costa-riquenhos. Ao contrário do Brasil e outros latinos, sua geografia e seu tamanho não permitiram a formação de latifúndios ao longo de sua história e a extrema concentração de renda. Tudo é produzido em pequenas propriedades e produtores independentes.
O país elegeu professores como presidentes com carta branca para apostar no bem-estar social e forte amparo ao meio-ambiente. Nos anos 30, analfabetos foram praticamente erradicados, o fornecimento de água limpa para fazendeiros ajudou a eliminar doenças como cólera e diarréia (anote: saúde é um essencial componente da felicidade). Aliás, além de contar com um sistema de saúde universal, desde os anos 90 há um programa no qual uma equipe formada por médicos, enfermeiras e outros técnicos que cuidam de até 3.500 pessoas.
Mais: a Costa Rica não possui um exército desde os anos 40 quando decidiu investir o dinheiro que iria para armamentos e defesa em meio ambiente e segurança social. Em Costa Rica, a população não dispõe de tantos luxos, mas não há outro lugar no mundo que entregue mais felicidade por cada dólar do PIB.
Publicado em: 30 de outubro de 2017
Autor: Rodrigo Focaccio
 

Ganhar dinheiro dá trabalho!



Imagine um presidente de uma empresa convocar entrevista à imprensa para dizer que decidiu abrir mão de um negócio inovador e lucrativo que vinha sendo feito pelo fato de ele dar muito trabalho para a companhia?
Pois foi exatamente isso que fez o presidente do Santos na última sexta-feira ao anunciar o fim do acordo de fornecimento de material esportivo com a Kappa e a assinatura do vínculo com a Umbro a partir de 2018.
Em resumo, o Santos está abrindo mão de faturar quase R$ 1,5 milhões por ano para ter "menos trabalho" com a gestão do contrato de produção de material esportivo. Ou seja. Para não ter de olhar a operação de confecção, distribuição e venda do material, o clube optou por faturar menos.
A decisão é emblemática. Ela ajuda a entender o grau de semiprofissionalização que domina o esporte brasileiro. Sim, não dá para colocarmos tudo no mesmo balaio e culpar o amadorismo latente. É um discurso raso e sem utilidade. Somos semiprofissionais, como ainda são vários segmentos no país e como são várias modalidades esportivas pelo mundo.
Há quase 30 anos, o Manchester United foi o primeiro clube de futebol mundo a decidir criar uma equipe própria de licenciamento de marca. Em vez de revender os direitos a uma empresa, que por sua vez ia ao mercado, o United decidiu ter o trabalho de olhar centenas de pequenos acordos.
Resultado? Pelos 20 anos seguintes, o clube reinou soberano na lista dos mais ricos do mundo, tendo tido, com a receita maior que os outros, a capacidade de montar grandes times e se tornar a primeira potência global do futebol moderno. A liderança só se foi quando Real Madrid e Barcelona despertaram para o trabalho, com marcas muito mais tradicionais para o mercado e atletas de enorme apelo publicitário. 
É preciso para o futebol no Brasil entender que ganhar dinheiro dá trabalho. É bem mais fácil ficar sentado à espera do cheque no final do mês. Mas o resultado será sempre menor que aquele que advém do esforço.

Publicado em: 24 de outubro de 2017

Autor: Erich Beting 

26 de outubro de 2017

TORNEIO INTERNO DE FUTSAL - AEF - MEMÓRIA ESPORTIVA

A Associação dos Empregados da Vale - AEF (Fosfertil), sempre procurou atender as expectativas de seus associados, realizando torneios em suas  diversas modalidades. O esporte preferido dos associados sempre foi  o futebol Society.

Mas quem joga futebol society pode também arriscar a jogar um "futsal". Por isso os atletas se organizaram e montaram seus times para mais uma disputa, só que desta vez na quadra.

Alguns atletas até que levavam tipo, na foto, mas na quadra a bola era maltratada a todo momento. O mais importante sempre acontecia após o apito final, a sagrada cerveja entre os atletas das duas equipes. Valeu pessoal, boa recordação!



23 de outubro de 2017

Velho para o mercado. Novo para a aposentadoria. A cruel saga de quem busca emprego após os 50 anos.


GostApesar dos inúmeros relatos sobre a dificuldade de profissionais qualificados e experientes, para se recolocarem no mercado de trabalho, alguns nos tocam com mais intensidade do que outros. 

Foi o que ocorreu recentemente, quando acompanhei o desabafo de um profissional direcionado aos integrantes de determinado grupo na rede social. É triste demais notar esse forte preconceito que ainda permeia a gestão das empresas no Brasil. 

Em suas palavras, ele foi humildemente sincero ao expressar que se sente ‘excluído do mercado’, mesmo após uma sólida carreira na área de recursos humanos.

Conversando com uma amiga que reside na Inglaterra há algum tempo, ela reforçou que na grande maioria do mercado europeu o preconceito com a idade é raro, quase que inexistente. Tanto que, classificada no grupo de ‘profissionais velhos’, ainda que esteja longe de completar meia década de vida, ela pretende retornar ao mercado de trabalho,

Neste vídeo da TED Talks, a especialista em carreira, Carol Fishman Cohen, nos conta sobre sua experiência ao retornar ao mercado de trabalho após uma pausa na carreira, além de apontar como as empresas estão lidando com talentos maduros retornando ao mercado.

De toda forma, milhares de profissionais maduros estão na busca por recolocação muito mais por força das circunstâncias do que por opção.


Veja aqui algumas de suas colocações sobre o cenário e suas barreiras.

1 ) Quais os principais fatores para esta drástica mudança nos requisitos para uma contratação?

A relação empregatícia vivenciada até o final do anos 2000 está mudando, e muito rapidamente, impulsionada pela nova forma de fazer negócios, novas tecnologias, e influenciada também pela chegada da geração milênio. Para este grupo, pouco importa a estabilidade - o que vale são os desafios que se apresentam e como vão “curtir” e contribuir para execução. 

2) O que é valorizado por profissionais acima dos 50 anos? 

As pessoas da geração X , ‘os cinquentões’ se criaram num outro modelo de relação laboral, no qual a fidelidade, a importância do tempo de emprego na empresa, a segurança, estabilidade e etc, estavam acima de tudo. 

Acontece que agora vivem num dilema e sentem dificuldades, pois o que se apresenta são oportunidades de trabalhos sem aquela relação empregatícia tradicional. Projetos por prazos determinados com início, meio e fim ou mesmo consultorias com esta mesma característica e com pagamentos definidos com base nas entregas. 

Aqui começa uma certa frustração para este profissional que não esta acostumado a esta nova relação.

3) Qual seria a nova realidade de mercado para profissionais acima dos 50 anos? 

Certamente, se apresenta num novo e desafiador cenário, onde aqueles que se adaptarem mais rápido terão mais oportunidade de trabalho (não emprego), de ter uma boa remuneração para dar conta dos seus compromissos financeiros e que agora aumentaram, uma vez que não tem mais aqueles benefícios fornecidos pelas empresas, além, é claro de encontrar felicidade no trabalho. 

Em resumo, novos tempos e mudanças de atitudes, comportamentos são necessários para entender e se adaptar a nova ordem. E isso é válido para todas as gerações. As mudanças só começaram e há com certeza muita coisa por vir, basta olhar para posições de trabalho que deixaram de existir, outras que foram substituídas por robôs e assim por diante. É preciso estar preparado para surfar nesta onda.

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Eu, particularmente, fico encantada com as conspirações do universo (mesmo em ambiente online). Gosto de escrever meus artigos, salvá-los e deixar maturando antes de publicar. Eis que me deparo com um artigo extraordinário sobre 'Os desafios da empregabilidade na terceira idade'.

Ele nos relata uma situação vivida, onde fica claro o preconceito contra um esteriótipo. "Certa vez enquanto estava conversando com uma headhunter definindo o perfil de um gerente de vendas ela levantou a questão da idade: qual o limite de idade para essa vaga? Eu respondi na hora: Não tem limite, precisamos de um gerente que vá fazer a diferença pois nosso comercial está sofrendo com a atual gestão. Ela então explicou que a grande maioria das empresas prefere jovens em vendas".

'Não há limite de idade. Tem que ser um profissional que faça a diferença'.

Diante de tantos relatos, fico me questionando se, realmente, há empresas que não consideram a idade como fator limitante. Além deste preconceito, profissionais maduros e experientes ainda enfrentam a dicotomia trabalho & aposentadoria.

Se a idade mínima para se aposentar é 65 anos e aos 50 as opções de emprego (com carteira assinada) estão minguando, qual seria a solução?

Não tenho resposta à esta pergunta, mas especialistas afirmam que certas atitudes contribuem para gerenciar o período de desemprego de maneira saudável:

  • Procure sempre se reciclar e aprender novas habilidades.
  • Definitivamente, perca o medo de lidar com a tecnologia.
  • Invista muito tempo para nutrir seu networking.
  • Preencha o tempo livre com atividades motivadoras, como, por exemplo, atuar como voluntario.
  • Busque trabalho remunerado e não somente emprego, seja como freelancer, consultor, ou assessor.
  • Esteja aberto ao novo.
  • Jamais desista.

Acredito que as oportunidades existem. O desafio maior é encontrar a empresa ou o negócio que esteja buscando exatamente a sua experiência e o seu conhecimento.

Te convido a compartilhar este artigo com profissionais maduros, talentosos e que estejam sofrendo com a cruel saga de procurar emprego após os 50 anos.

Obrigada por sua leitura. Até a próxima.

Abraços. Luciane Borges

Sobre a autora –

Geminiana, apaixonada por aprender e ensinar, fissurada pelo poder das redes sociais, sou executiva de comunicação, relações públicas, estrategista de mídias sociais, e palestrante, com MBA em Comunicação Corporativa pela Fundação Getúlio Vargas. Após atuar por mais de 20 anos em multinacionais dos segmentos B2B e B2C, desenvolvendo projetos para construção de reputação e consolidação da marca, resolvi inovar na carreira, mergulhando no universo digital.

Hoje, assessoro profissionais e empresas a construírem e fortalecerem reputação digital, por meio de posicionamento estratégico nas redes sociais profissionais. Idealizadora da BeIn Digital, ministro cursos online sobre LinkedIn, sou palestrante sobre o tema e conduzo workshops - visando à ensinar os profissionais a explorarem tudo o que o LinkedIn oferece.
Visite meu blog lucianeborges.com para ler mais artigos, sobre carreira, networking, superação, empreededorismo e LinkedIn

Publicado em 19 de outubro de 2017
Luciane Borges
Especialista em LinkedIn  -Estrategista de Marca Pessoal | Palestrante


22 de outubro de 2017

SAN RAPHAEL - FAMÍLIA SILVA - MEMÓRIA ESPORTIVA - FUTSAL

O futsal da década de oitenta em Araxá fez muito sucesso, e isso tinha uma explicação; 
  • O grande  número de equipes formadas;
  • A realização de campeonatos com frequência;
  • Pessoas dispostas a organizar as competições.

As grandes empresas se faziam representadas por times de ponta, com garantia de ginásios lotados.
  • Fosfertil;
  • Arafertil; 
  • CBMM;
  • Centro Rio.

Os clubes sociais também tinham seus representantes:
  • Clube União;
  • ATC - Araxá Tênis Clube;
  • Benês Clube;
  • São Paulo (representante do Clube Araxá).

Naquela época o momento de nosso salonismo era tão bom, que alguns times tinham a família como base de sua formação.

Listamos alguns times que eram presença garantida nos principais torneios da cidade.
  •  Natal F. Clube, time formado com base nos filhos do ex-jogador profissional Valter Natal;
  • Os Vale - time formado por irmãos e primos da família Vale; 
  • Mequinha F. Clube, time formado por irmãos e amigos da família;
  • San Raphael formado pelos irmãos Silva; Bico, Carlinhos, Flávio Silva (locutor), Geovane (o craque da família) e Celso Flávio.
SAN RAPHAEL - FAMÍLIA SILVA
Hoje o nosso destaque é  o time do San Raphael, time que nasceu da vontade dos irmãos Silva em representar a família nos torneios da bola pesada, fazendo o que eles mais gostavam de fazer, que era jogar bola. 




Destaque na foto abaixo vai para o Carlos José (primeiro agachado), mais conhecido como Grillo (Juventude), pousando de jogador de futebol (ele sempre aparece como dirigente).  


Os atletas da foto abaixo são todos conhecidos do meio futebolístico da cidade.  O  destaque desta foto vai para os  dois meninos, irmãos gêmeos, que estão com  o José Humberto (primeiro em pé), que fariam muito sucesso no futebol de campo e também da bola pesada.





Destaque da foto abaixo, Toninho ex- prefeito (primeiro em pé). Não temos o nome e nem dá para reconhecer os outros atletas desta foto, até mesmo porque eles eram bastante novos nesta época (anos 80),  mas com certeza tem muita gente boa de bola que viria fazer bastante sucesso no futuro.




 Arquivo de fotos pessoal de Celso Flávio

20 de outubro de 2017

FUTEBOL DE FINAL DE SEMANA - Futebol Society - PARTE II

HISTÓRIA DO FUTEBOL SOCIETY

Essa modalidade foi criada em nosso país como Futebol Suíço, Futebol de Areia, Futebol Sete, Futebol Social, por volta de 1985.

Os primeiros campos de grama natural foram construídos dentro das mansões do Morumbi, onde executivos encontravam-se para jogar futebol.

Os campos para prática extra-oficial em grama natural e de areia surgiram em 1988, sendo o campo "Futebol Society", localizado no bairro do Itaim Bibi, um dos primeiros e mais conhecidos campos para locação. Naquela época não havia muita organização, jogando-se com um número variável entre 6 e 10 atletas e com bola de futebol de campo.







Fotos do arquivo histórico da AEF - Associação dos Empregados da Fosfertil

MEMÓRIA ESPORTIVA - Triangular confraternização empregados VALE

Com objetivo de integrar os empregados que trabalham na Vale  mas em cidades diferentes - Tapira, Uberaba e Itabira -  realizou se um triangular de futebol de campo. Evento este que aconteceu  na sede da AEF - Araxá

Data da confraternização: Outubro de 2011.






Fotos do arquivo histórico da AEF - Associação dos Empregados da Fosfertil

FUTEBOL DE FINAL DE SEMANA - Futebol Society

Futebol society, é um esporte coletivo jogado entre dois times de 7 jogadores cada um e dois árbitros que se ocupam da correta aplicação das normas.

Essa modalidade foi criada em nosso país como Futebol Suíço, Futebol de Areia, Futebol Sete, Futebol Social, por volta de 1985.

Os primeiros campos de grama natural foram construídos dentro das mansões do Morumbi, onde executivos encontravam-se para jogar futebol.
Os campos para prática extra-oficial em grama natural e de areia surgiram em 1988, sendo o campo “Futebol Society”, localizado no bairro do Itaim Bibi, um dos primeiros e mais conhecidos campos para locação. Naquela época não havia muita organização, jogando-se com um número variável entre 6 e 10 atletas e com bola de futebol de campo.

Em Araxá existe muitos campos para prática desta modalidade esportiva.

Este é um esporte que pode ser jogado por pessoas de diversas idades.

Torneio de futebol society dos empregados de turno da Vale Tapira (AEF)






Fotos do arquivo histórico da AEF - Associação dos Empregados da Fosfertil

19 de outubro de 2017

"Respeitar uma pessoa no trabalho não é só falar baixo com ela."


Imagine o seguinte cenário. Uma empresa concorrente faz uma proposta para contratá-lo. Animado, você ensaia deixar o cargo atual e partir para a nova casa. Já está tudo certo para você sair. Só que o seu empregador faz uma contraproposta. E… Fica difícil negar. Se você não passou por tal situação, certamente tem um colega que sim. Mas para Marcio Fernandes, CEO da distribuidora de energia Elektro, a estratégia dessas empresas não faz o menor sentido. “É impossível fazer uma gestão de engajamento em um ambiente onde você compra a permanência das pessoas”, afirma. Marcio ficou conhecido por levantar, com firmeza, a bandeira da felicidade dentro das corporações. Ele é autor do livro "Felicidade dá Lucro" (Companhia das Letras), lançado no ano passado, e suas ideias vão contra os modelos mais tradicionais de gestão.

O executivo, que assumiu a presidência da Elektro aos 36 anos, defende que, com abertura para diálogo e “convergência de propósitos”, é possível ir muito mais longe. Trata-se de uma forte relação de confiança e respeito com os trabalhadores. “A gente precisa entender que respeitar uma pessoa não é só falar baixo com ela ou falar de maneira adequada — isso é não cometer assédio moral.” E se engana quem pensa que a filosofia tem a ver com ser mais permissivo. Nada disso. A “régua é alta” para os funcionários. Ou melhor, “colaboradores”. No meio da entrevista, Marcio Fernandes pede para fazer um adendo: “Não falo de funcionário, falo de colaborador. Máquinas funcionam, pessoas podem optar por colaborar. É bem sensível, mas faz diferença”.

No começo de novembro, ele falará sobre como fazer da felicidade uma vantagem competitiva na HSM Expo 2016, em São Paulo. Nesta entrevista, o executivo aborda a relação que gestores devem construir com sua equipe, o lado positivo de trabalhar sobre pressão e como não deixar que a crise espalhe pessimismo dentro da empresa.

Até que ponto um gestor deve se preocupar com a felicidade de sua equipe no que diz respeito a questões que vão além do trabalho?

Ele tem de se preocupar 100%. Mas não é o "dono" do que acontece na vida das pessoas. Ele tem de ter limites de respeito — não pode invadir a individualidade de maneira alguma —, mas tem de se interessar. É importante saber se a pessoa está bem em casa, se está endividada, se está doente ou se há alguém doente na família. É o interesse genuíno. Isso porque é muito difícil chegar para alguém e dizer: “Minha visão dos seus valores está ali naquela parede, somente siga”. O cara vai odiar, nem sabe se concorda. O que fazemos é, antes de dizer o que queremos dele, perguntar o que ele quer. Se conseguimos ter esse nível de discernimento e sensibilidade, teremos uma equipe de altíssima performance porque saberemos respeitar os momentos de cada pessoa.

Se a pessoa está com algum problema, qual é o próximo passo? Como o gestor poderia interferir?

Aqui [na Elektro], oferecemos ajuda. Tem ações institucionais, como o sistema “Mais Apoio”. As pessoas podem acioná-lo a qualquer hora do dia, com total confidencialidade e anonimato, para falar de qualquer problema. Se está endividada, ela tem auxílio de um consultor financeiro para reestruturar as contas e renegociar dívidas. Ou, se preferir, pode ir direto para o gestor. Uma colaboradora está com a filha na UTI desde que nasceu. A licença maternidade já acabou, ela voltou para o trabalho, mas a menina continua no hospital porque nasceu muito prematura. Então, conversamos e construímos uma escala de trabalho que viabilize que a mãe priorize a filha. Isso gera um processo de engajamento e credibilidade que transcende a relação de trabalho. É uma relação de confiança.

O ideal, então, é que os gestores conversem frequentemente?

Dimensionamos as equipes para que o líder tenha condições reais de, durante o período de um mês, falar com todas as pessoas individualmente, com qualidade, pelo menos três vezes. Isso vai gerando um alinhamento, uma combinação melhor das expectativas. Saímos do efetivo — regras, metas — e ampliamos para o que é afetivo também.

E assim o trabalhador sente-se mais motivado?

É uma construção. A primeira coisa é abrir diversos canais para que as pessoas possam ser ouvidas. Investimos muito na preparação da nossa liderança para que ela soubesse abrir espaço para o diálogo. Historicamente, no mundo normal, o chefe é o cara que manda. Colocamos aqui uma quebra de paradigmas. Nem chamamos nossos líderes de chefes, mas de facilitadores. E também medimos o líder, em indicadores de performance, pelo desenvolvimento de pessoas. A gente não faz avaliação de desempenho, mas um diário de competências, ressaltando o que está indo bem e apontando o que precisa de melhorias — e contribui para esse processo. À medida que tudo isso se desenrola, as pessoas vão se sentindo mais à vontade para opinar, para participar, para mudar de área.

Ouço o sr. falando muito sobre respeito. Imagino que vá muito além de simplesmente não levantar a voz com o subordinado. 

A gente precisa entender que respeitar uma pessoa não é só falar baixo com ela ou falar de maneira adequada. Isso é não cometer assédio moral. Respeito vai muito além. Respeitamos as pessoas, por exemplo, quando não fazemos julgamento em relação às escolhas que ela faz — sejam opções pessoais ou de carreira. Não fazemos um trabalho para que a pessoa fique onde a gente quer que ela fique. A gente trabalha para que elas fiquem onde elas sonharam ficar. Ela não precisa mentir para fazer uma média com o chefe. Aqui ninguém faz média. Todo mundo sabe que os facilitadores são medidos pelo desenvolvimento de pessoas. Se a pessoa for sincera com ele e sincera consigo mesma, ela vai buscar o que sonha. E nós vamos respeitar. O normal é o vertical: o cara entra em uma posição de advogado júnior, vai para advogado pleno, depois advogado sênior, depois gerente do jurídico. Aqui a gente deixa aberto para ele dizer, em uma conversa franca, o que quer. Ele pode dizer que o sonho dele é trabalhar no RH. Aí, fazemos uma análise do que ele tem e do que ainda falta para ele conseguir a vaga que busca, ele vai investir nele mesmo e vamos ter um programa de educadores. Quando fazemos isso, conseguimos uma grande convergência de propósitos. Todo mundo ganha.

"Se você conseguir se conectar com um propósito, seja lá o que fizer, vai ter mais momentos de felicidade do que a média."

No momento econômico turbulento pelo qual passa o país — quando todos são mais cobrados —, como não deixar que o pessimismo se espalhe dentro da empresa?

Essa é uma dúvida recorrente. A crise, muitas vezes, degenera a vontade das pessoas de lutar. Parece que a guerra está perdida — elas acabam aceitando muito passivamente. Chegam a usar esse momento difícil como justificativa para insucessos individuais. Também muitas empresas falam da crise como a grande culpada de tudo. O que temos feito para nos blindar e impedir que as pessoas se influenciem é, basicamente, duas coisas. Primeira: criar movimento. Significa fazer com que a vida da pessoa passe a ter ritmo, que não seja só guiada. Tem que ser uma vida de protagonismo, de autonomia. A segunda parte: dar abertura total a propostas. Ao mesmo tempo em que vivemos uma crise, estamos batendo recordes de eficiência gerados pelo protagonismo dessas pessoas. A gente tem, sim, dificuldades. Afinal, a crise nos afeta, já que o consumo de energia diminui. Mas por outro lado, a gente chega a quase 30% de eficiência em custos, sem fazer nada absurdo. Pelo contrário, a gente fala de eficiência e não de corte. As pessoas é que estão sendo as protagonistas disso. A gente promove uma verdadeira revolução no currículo das pessoas que querem fazer coisas diferentes. A abertura para propostas faz com que as pessoas queiram participar. E as pessoas que participam têm mais reconhecimento. Elas entram em um ambiente de movimento contínuo. Todo esse movimento faz com que não se sintam vulneráveis à crise.

Então mais pressão não precisa significar menos chances de ser feliz?

Costumo dizer que a pressão é só mais um ingrediente. Eu, por exemplo, gosto de ambientes com um pouco mais de pressão. A gente precisa de algum gatilho. Em momentos de pressão, as pessoas tendem a se movimentar com mais ênfase. E o que seria um motivo para pessoa ficar triste e frustrada, torna-se o contrário. Porque ela teve uma disciplina maior para buscar aquilo que sonhou e, óbvio, terá mais êxito.

Muitas pessoas criticam a ideia de que você tem de buscar felicidade o tempo todo. Você discorda delas?

Não. Acho que é impossível buscar o tempo inteiro a felicidade. Realmente existem momentos que não são considerados felizes. É só que, na minha opinião, precisa ter sempre uma conexão muito clara com propósitos. Se você conseguir se conectar com um propósito, seja lá o que você fizer, vai ter mais momentos de felicidade do que a média de pessoas.

Sua filosofia tem a ver com acabar com a ideia de que existe uma vida no trabalho e outra fora. Quando essas duas se convergem?

Elas estão sempre misturadas. O problema é quando tentamos separar. Na minha visão, quando você fala “na minha vida pessoal, eu não sou assim” ou “no meu trabalho tenho que assumir uma postura diferente da minha vida pessoal”. Isso gera um peso. É uma máscara difícil de carregar e manter. Sou um grande adepto da ideia de que temos uma única vida. E ela não é divida em duas partes. Eu sou o que eu sou no trabalho. E eu sou o que eu sou na vida pessoal. As duas coisas são a mesma. O que é importante deixar bem claro é que há quatro momentos que a gente precisa garantir. O tempo para trabalhar, o para família, o para dormir e o para você mesmo. Não significa sejam excludentes.

Quais são os piores exemplos que já observou em empresas?

Tem inúmeros exemplos. A perda de produtividade está na falta de coerência, por exemplo: “faça o que eu falo, não faça o que eu faço”. Isso é muito frequente, infelizmente, nessas empresas com gestão tradicional, fadada à morte. Essa coisa da retenção também. É impossível fazer uma gestão de engajamento em um ambiente onde você compra a permanência da pessoa. É péssimo. A gente nunca passa da média. Quem quiser ficar aqui tem de ser por uma opção de vida. E ainda há empresas que fazem debate sobre políticas de retenção. Acho isso tão imbecil.

O que tem de ser feito no lugar?

Para mim, um processo de encantamento, para que a pessoa decida trabalhar com você.

Como um gestor pode ajudar o colaborador a encontrar seu propósito?

Você não cria um propósito no trabalho para a pessoa. Você pega o propósito que a pessoa tem para a vida dela e converge para os seus propósitos de trabalho.

"Atender bem o cliente, respeitar o fornecedor... Cara, isso não é propósito para a pessoa, é propósito para a empresa."

Como assim?

Digamos que a empresa tem o propósito de ser a maior do Brasil, com a maior rentabilidade, com o melhor serviço ao cliente. Esse é o propósito de uma empresa. Aí você pega a pessoa e vê qual é o propósito de vida dela. E você tem de conversar com pessoa por pessoa para saber. Você vai mapear isso, registrar e fazer com que os propósitos de empresa e das pessoas seja convergente. Eu já tive uma discussão com o diretor de uma empresa do setor financeiro. Ele disse que criava propósito para as pessoas: atender bem o cliente, respeitar o fornecedor... Cara, isso não é propósito para a pessoa, é propósito para a empresa. A pessoa pode olhar e questionar: “essa empresa só quer isso de mim?”. Isso é o que ela vai fazer porque você está pagando. O que é preciso saber é o que a pessoa quer para a vida dela. Ela vai ver que existe interesse genuíno. Não dá para você ficar mandando, obrigando, fiscalizando as pessoas o tempo inteiro. O controle custa caro demais, então a gente precisa criar convergência de propósito.

Depois de virar referência em felicidade, a procura por cargos na Elektro aumentou?

Nossa, muito. Tivemos um aumento muito legal. A gente fazia programa de seleção de estagiários e, para completar o número de vagas, dava um trabalhão. Afinal, o setor de energia elétrica não é muito sexy. Então a gente sofria. Agora, vou dar o exemplo do último programa que a gente fez. Foi no meio do ano, período não muito comum para procurar estagiários. Tivemos também 20 vagas — só que 60 mil inscrições. Foi de cair da cadeira. No final, acabamos ampliando o programa e chamando 40.

Ser um líder de que todos gostam pode afetar a maneira como o gestor faz suas decisões?

A gente não é uma ONG. Todas as lideranças aqui são, sim, admiradas. Mas o que as faz ser assim não é serem paternalistas ou simplesmente passivas. É fazer tudo com ética, justiça, coerência. Ser admirado como gestor é resultado de uma gestão transparente, aberta, participativa. Não é que você pode fazer coisas erradas. “Ah, não vão me mandar embora.” Pelo contrário, temos uma régua muito mais alta agora que nos tornamos exemplo.
Entrevista publicada por Edson Caldas - Época Negócios
Valter Oliveira Mendes

 
 
 
Publicado em 31 de março de 2017

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