quinta-feira, outubro 19, 2017

CASCAVEL - FUTSAL - MEMÓRIA ESPORTIVA

Cascavel Sport Clube

O futsal de Araxá nos anos 80 foi realmente um período de ouro, com grandes equipes e ginásios sempre lotados. Times como Fosfertil, Arafértil e CBMM ajudaram a fortalecer a tradição do salonismo na cidade, trazendo competições acirradas e momentos inesquecíveis para os torcedores.

Dentro desse cenário, o Cascavel Sport Clube surgiu como um projeto movido pela paixão pelo esporte. Sob a liderança de José Humberto Rios, ou simplesmente Zé Humberto, o clube se tornou um símbolo de dedicação e esforço, reunindo atletas e entusiastas que queriam levar o futsal de Araxá a novos patamares.

Zé Humberto dedicou uma década ao Cascavel Sport Clube, sendo a peça-chave para sua criação, gestão e sobrevivência no cenário do futsal araxaense. Sua paixão pelo esporte e seu empenho em manter o time ativo ajudaram a fortalecer a tradição do salonismo na cidade.

Essas figuras abnegadas, que trabalham pelo esporte por puro amor e dedicação, são essenciais para que times como o Cascavel existam e deixem sua marca.

Se quiser reviver mais detalhes dessa época, há registros e memórias compartilhadas por apaixonados pelo futsal de Araxá, como no Blog do Aurelio Ribeiro

EM PÉ: JOSÉ HUMBERTO, RATINHO (IPANEMA), VITOR HUGO E EDMILSON

AGACHADO: ROBERTINHO,  RICARDO e LEONARDO (POLICIAL)

Zé Humberto foi mais do que um dirigente esportivo - foi um verdadeiro pilar do futsal araxaense. Movido por paixão e determinação, ele garantiu que o Cascavel Sport Clube estivesse presente nos principais campeonatos da cidade, muitas vezes contando apenas com seus próprios recursos para manter o time em atividade.

Esses líderes dedicados fazem toda a diferença no esporte, transformando desafios em oportunidades e incentivando gerações de atletas a seguirem seus sonhos. O legado de Zé Humberto certamente permanece vivo na memória de quem acompanhou o futsal de Araxá.

Com tantos talentos no futsal de Araxá, a formação de novos times era quase natural! A qualidade dos jogadores garantia competições acirradas e um alto nível técnico nas disputas. Além disso, o entusiasmo e a paixão pelo salonismo contribuíam para que sempre houvesse espaço para novas equipes surgirem e brilharem nos ginásios da cidade.




segunda-feira, outubro 16, 2017

Saúde, produtividade e felicidade no ambiente de trabalho


Cada vez mais me convenço de que a felicidade é um conjunto de coisas, não algo a ser buscado como um fim. Na verdade, ao longo da nossa jornada, passamos por tantos episódios que é mesmo complicado definir esse sentimento, tão particular para cada pessoa. Pensando de um jeito bem objetivo, a tal felicidade nada mais é que a percepção positiva que temos do saldo daquilo que nos acomete de bom e de ruim. Acreditem: ser feliz também inclui trabalhar com algo que nem sempre nos dá satisfação, resolver problemas que nos parecem enormes e complicados e, claro, lidar com pessoas difíceis. Tudo na vida tem dois lados. O fato é que não podemos somente ser felizes, nem saudáveis, apenas aos finais de semana.
 
Na minha carreira, busquei encontrar a felicidade em diferentes momentos e optei por persegui-la, mesmo quando as coisas se tornavam complicadas. Entretanto, os tempos modernos trouxeram diferentes aspectos que fizeram com que esse equilíbrio não estivesse mais presente em algumas empresas. Vejo estagiários, executivos e diretores estafados, com problemas de saúde e psicológicos graves, sem nem se dar conta que são, em boa parte, responsáveis por isso.
 
Negligenciamos o nosso próprio corpo em relação aos demais fatores. Encontramos tempo para as reuniões, relatórios, cursos de aperfeiçoamento, palestras, inglês e congressos, mas não temos mais agenda para cuidar da própria saúde. Atividade física e até mesmo nossos momentos de descanso e lazer se tornaram ocasionais, um respiro da rotina, quando, na verdade, deveriam nos exigir tanta disciplina quanto a que temos para tomar remédio. Já estamos tão sobrecarregados com o mundo corporativo, que evitamos nos comprometer com outras coisas, por maiores que sejam seus benefícios, não é mesmo? Não deveria ser.
 
E se fosse possível reunir práticas saudáveis dentro do ambiente corporativo? Estimulá-las? Fazer com que se tornassem parte das conversas no horário de almoço? Esse tem sido um dos maiores desafios das áreas de recursos humanos de todos os setores. Ao contrário do que se imagina, os benefícios corporativos não são oferecidos apenas para atrair e reter talentos, eles precisam buscar, também, o bem-estar e a produtividade dos colaboradores – e já existem jeitos diferentes e modernos de fazer isso. A tecnologia, que nos permite maior flexibilidade de horários, também pode ser nossa aliada para as atividades físicas.
 
 Vivemos uma fase em que a área de recursos humanos também se utiliza da tecnologia para compreender o comportamento dos seus funcionários. Cada vez mais utilizamos os dados que extraímos da rotina de cada colaborador (Business Intelligence) para entender suas motivações, necessidades e a relação de tudo isso com os custos da companhia, que podem ir desde vale transporte até os planos de saúde. É possível analisarmos se o profissional se desloca muito em viagens, quanto tempo faz de horas extras, se está se alimentando corretamente e as relações que isso têm com sua produtividade, absenteísmo e, por fim, como isso impacta na qualidade de vida tanto pessoal quanto corporativa.
 
Os custos com assistência médica só são menores que os da folha de pagamento e isso, além de pesar no bolso de quem contrata, é um alarmante sintoma de que precisamos direcionar nossos profissionais a se prevenirem. Chega de apenas cobrá-los uma melhor performance: precisamos estimulá-los a serem mais felizes e ativos. Já ouviram falar que gente feliz não incomoda? Pois bem. Gente feliz é mais leve, mais conectada ao seu entorno e, consequentemente, mais disposta, ativa e capaz de resolver problemas. Optemos por empresas saudáveis, não só na teoria, mas também na prática. Visemos isso. Por experiência própria, o sucesso da companhia é consequência do sucesso individual – e não custa caro.
Publicado em Publicado em11 de outubro de 2017

Sofia Esteves
Presidente do conselho no Grupo Cia de Talentos

 

 
FONTE: https://www.linkedin.com/pulse/sa%C3%BAde-produtividade-e-felicidade-ambiente-de-trabalho-sofia-esteves/?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-5-Unknown&midToken=AQEbJRdFzLUhHg&fromEmail=fromEmail&ut=3kALC1QYw3znY1

ARAFÉRTIL - FUTSAL - MÉMORIA ESPORTIVA

Arafertil Futsal Sport's

O futsal (futebol de salão) de Araxá nos anos 80 foi realmente um espetáculo! A cidade viveu um período de ouro no salonismo, com equipes como Arafertil, São Paulo, Fosfértil, CBMM, Clube União, Benes, Melo e Centro Rio protagonizando partidas memoráveis. Os ginásios, especialmente o Dino Baroni, estavam sempre lotados, com torcedores vibrando a cada jogada.

Além dos times tradicionais, Araxá manteve viva a cultura das peladas de futsal, reunindo amigos e atletas em encontros semanais. Esse espírito de união e competitividade fez do futsal um dos esportes mais queridos da cidade.

A Arafertil soube aproveitar esse auge e investiu em uma equipe competitiva para disputar campeonatos locais e regionais. Para fortalecer o time, trouxe Luiz Alberto, um técnico renomado de Uberaba, que já era um dos nomes mais respeitados do salonismo mineiro.

Além de brilhar nos torneios da cidade, a equipe teve a honra de representar Araxá nos Jogos do Interior de Minas Gerais (JIMIS), uma competição tradicional que reunia talentos de diversas regiões do estado. O futsal araxaense sempre teve uma presença marcante nesses jogos, mostrando a força e a paixão da cidade pelo esporte.

Se quiser reviver mais detalhes dessa época, há registros e memórias compartilhadas por apaixonados pelo futsal de Araxá, como no Blog do Aurelio Ribeiro. 

Em pé: Vanderley Goulart, Realino, Juninho, Aurélio, Amarildo, Bosquinho, Marcão e Urbano.
Agachados: Luiz Alberto (treinador), Toninho, Naldinho, Junior Boso, Cezinha.

  FONTE: Albúm de fotos do ex jogador TONINHO

quarta-feira, outubro 11, 2017

Quando eu crescer, quero ser criança


Muito já se discutiu se os filhos nos fazem melhores ou piores profissionais. Parece-me que “melhores” está na frente. Em parte, porque a falta de tempo livre nos faz trabalhar de forma mais focada e objetiva, mas também porque eles nos tornam melhores pessoas e, por consequência, melhores profissionais.

A responsabilidade de educar faz com que pensemos duas vezes em cada palavra e cada gesto, com medo de conceitos perigosos que podem ser inadvertidamente transmitidos. Não queremos “estragar” aquele pequeno pedaço de gente com a esperança de que ele possa fazer algo bom pelo mundo, pelo menos algo melhor do que temos conseguido até o momento.

Por isso no Mês das Crianças homenageamos essas mini-criaturas e também incentivamos uma reflexão sobre como a nossa infância impactou as nossas escolhas profissionais.

Tive o privilégio de poder brincar muito e sem medo, em uma rua sem saída, com crianças de várias idades. Ao lembrar do que vivi e ao observar meu filho brincando hoje, penso que existem quatro coisas que nunca deveríamos deixar de fazer e que poderiam contribuir muito com a nossa carreira, seja ela na área que for:

  • Entender o porquê das coisas. As crianças não ficam satisfeitas com o “porque sim” ou “tem que fazer isso”. E à medida que ficamos adultos nos acostumamos mais com o “é assim que se faz”. Entender o propósito de cada atividade nos ajuda a perceber a nossa importância no todo e nos ajuda a pensar em formas mais inteligentes de fazê-las.
  • Ver os detalhes. Pessoas que vivem em grandes centros têm normalmente muita pressa. E chega a ser enlouquecedor como as crianças demoram para fazer as coisas. Quão difícil pode ser colocar o casaco? Quanto tempo é necessário para entrar no carro?

Essa beleza de deixar-se maravilhar pelas pequenas coisas é algo que não deveríamos reprimir. Só as crianças realmente veem tudo. E esse dom pode ser muito importante na vida adulta.

Sempre que possível vamos deixá-las observar o detalhe da janela, o desenho do corrimão, a textura da roupa.
  • Ser autêntico. Algumas crianças jogam futebol, enquanto outras desenham ou montam robôs. Precisaremos de todas as habilidades no futuro, por isso é importante que cada uma acredite que pode investir no que gosta e ser bom naquilo que faz, sem ter que imitar o outro.
  • Pensar grande. O famoso “think big” em inglês. Não existe nada impossível para as crianças. Elas podem tornar-se qualquer coisa em minutos e brincam até com os próprios medos. Essa criatividade faz falta na vida adulta e se sai melhor quem pôde brincar mais, pois esses adultos não impõem seus próprios limites de sonhar.
Publicado em 5 de outubro de 2017
Fernanda Brunsizian                                    

Gerente Sênior, Comunicação Corporativa, LinkedIn

 

SÃO PAULO - FUTSAL DE ARAXÁ - MEMÓRIA ESPORTIVA

São Paulo Futebol Clube

O São Paulo Futsal, que representava o Clube Araxá, foi uma das equipes mais marcantes do salonismo na região durante os anos 80. Com um elenco recheado de craques e uma torcida apaixonada, o time ajudou a fortalecer a tradição do futsal araxaense, proporcionando momentos inesquecíveis para os amantes do esporte.

O Ginásio Dino Baroni, sempre lotado, era o palco de partidas emocionantes, onde o São Paulo demonstrava sua força e habilidade. O futsal araxaense viveu seu auge nessa época, com competições acirradas e times que marcaram história, como Juventude, Arafertil, Fosfertil, CBMM, Clube União, Benes, Melo e Centro Rio.

A paixão pelo futsal em Araxá sempre foi intensa, e essa geração ajudou a consolidar o esporte na cidade.

Se quiser reviver mais detalhes dessa época, há registros e memórias compartilhadas por apaixonados pelo futsal de Araxá, como no Blog do Aurelio Ribeiro


Em pé: Murilo, Paulo Maneira, Roberto Tormin, Renato, Márcio e Carlos Emílio
Agachados: Eudes (Leitão/Jatoba), Alexandre Maquininha, Cláudio Mamão, Danilo e Ítalo

Fonte: Albúm de fotografias do ex atleta ALEXANDRE JOSÉ DE PAULA, mais conhecido como Alexandre Maquininha

SPORT CLUBE JUVENTUDE - FUTSAL - MEMÓRIA ESPORTIVA

SPORT CLUBE JUVENTUDE

O futsal de Araxá tem uma história rica e cheia de tradição, e Fernando Dom Bosco da Silva, o Bosquinho, foi uma peça fundamental nesse cenário. Além de ser um jogador talentoso, ele se dedicou à formação de jovens atletas, transmitindo valores como disciplina, respeito e paixão pelo futebol de salão. Seu trabalho ajudou a moldar gerações e a fortalecer o esporte na cidade.

Bosquinho foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso do Juventude Sport Clube, um time que se destacou nos torneios locais e regionais. Sua liderança e determinação foram essenciais para superar desafios e consolidar a equipe como uma referência no futsal araxaense. Em suas palavras, ele destacou a importância da união e da força de vontade para vencer as dificuldades e construir um grupo sólido.

O Juventude teve momentos marcantes, como sua participação na inauguração do Ginásio de Ibiá, onde enfrentou times de Patrocínio e saiu campeão. Além disso, a equipe foi a base da seleção de Araxá nos Jogos do Interior de Minas Gerais (JIMIS), representando a cidade com garra e talento.

Se quiser conferir mais sobre a trajetória do Juventude Sport Clube, há registros disponíveis aqui

Se quiser reviver mais detalhes dessa época, há registros e memórias compartilhadas por apaixonados pelo futsal de Araxá, como no Blog do Aurelio Ribeiro

Em pé: Bolacha, Pedro, Giovanni Cascavel
Agachados: Fabinho Rios, Juninho David e Alexandre Maquininha

Equipe SUB 16

Equipe SUB 14
 
Em pé: Carlinhos, Juninho David e Washington
Agachados: Lelei e Alexandre Maquininha

Em pé: Juninho David, Washington, Alexandre Maquininha e Amarildo
Agachados: Lelei, Roberto Bombinha, Bolacha e ??



Em pé: Grilo, Júnior Bozo, Bosquinho, Juninho David, Realino, Vaguinho, Aurelio (treinador) e Amarildo
Agachados: Jânio, Fofão, Alexandre Maquininha, Claudio e Alex

FONTE: Álbum de fotografias do ex atleta ALEXANDRE JOSE DE PAULA, conhecido como Alexandre Maquininha  

ARAXÁ ESPORTE CLUBE - MEMÓRIA ESPORTIVA

Um pouco da história do glorioso Araxá Esporte Clube, mais conhecido como "Ganso"

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO









FONTE: Álbum de fotografias do ex atleta ALEXANDRE JOSE DE PAULA, popular Alexandre Maquininha

sábado, outubro 07, 2017

Onde investir R$ 10 mil que estão na poupança para render mais?

Planejador financeiro responde dúvida de leitor sobre investimentos que rendem mais que a poupança. Envie você também sua pergunta

Por Valter Police, planejador financeiro

6 out 2017, 12h00

 

Poupança: Para escolher o investimento, tenha em mente seu objetivo, prazo de resgate e perfil como investidor (BrianAJackson/Thinkstock)

Pergunta do leitor: Tenho R$ 10 mil investidos na poupança, que rende muito pouco. O que você me aconselha a fazer? Não tenho pretensões de gastar o dinheiro agora.
 
Resposta de Valter Police*:
Embora pareça que a resposta para sua pergunta seja direta, como “invista no fundo X” ou “a melhor opção é o CDB do banco X”, é necessário uma análise mais abrangente, que poderá servir, inclusive, para suas futuras análises de investimento em outras situações.
Quando falamos de investimento, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a rentabilidade. No entanto, existem outros aspectos a serem levados em conta. Os investimentos não devem ser analisados separadamente, mas dentro de um plano abrangente.
O primeiro deles é o objetivo para aquele recurso e o prazo. No seu caso, embora não mencione o objetivo, você diz que não tem pretensões de gastar o dinheiro agora, o que dá algum indicativo de prazo. No entanto, incorporando uma visão mais ampla, será que esse dinheiro é o seu único recurso disponível? Ou existem outros montantes investidos que compõem seu patrimônio?
Essas respostas são fundamentais, uma vez que o primeiro investimentorecomendado a todas as pessoas é a reserva de emergência, para necessidades não listadas no orçamento ou imprevistos. Essa reserva evita a necessidade de utilizar linhas de crédito com alto custo e deve ter entre seis e doze vezes o seu custo mensal, dependendo da previsibilidade de suas receitas e despesas e da sua empregabilidade. Tipos de investimentos: Escolha com a Mongeral Aegon o melhor para o seu perfil Patrocinado 
 
Para esse tipo de investimento, o ideal são produtos que ofereçam altíssima liquidez, ou seja, estejam disponíveis quando necessário e tenham baixíssimo risco. A rentabilidade é a última característica a ser analisada. Em geral, as melhores opções de investimento para essas características são caderneta de poupança, CDBs, fundos DI e títulos públicos Tesouro Selic. Eles possuem altíssima liquidez e baixo risco.
A partir daí, analisamos a rentabilidade. A caderneta de poupança tende a perder em rentabilidade para essa concorrência, além de só ter o rendimento creditado a cada 30 dias, o que pode fazer com que um período de tempo fique sem remuneração.
Em bancos e corretoras, procure CDBs com rentabilidades acima de 90% do CDI ou fundos que cobrem menos de 1% ao ano. Caso opte por títulos públicos Tesouro Selic, faça as negociações por meio de uma corretora que não cobre taxas adicionais além da taxa de custódia de 0,3%  cobrada pela B3.
Caso você já tenha uma reserva de emergência e os R$ 10 mil não façam parte dela, o leque de opções se amplia significativamente. Você terá à sua disposição uma infinidade de títulos de diversos bancos – como CDBs, LCIs e LCAs (isentas de imposto de renda) – e outros títulos públicos federais, além de fundos de investimento com as mais diversas características.
Cada uma dessas opções mostrará facetas diferentes e será mais ou menos adequada dependendo do seu objetivo ou, no mínimo, de uma estimativa de prazo. Além disso, o investimento precisa ser coerente com seu perfil de investidor.
Assim, lembre-se que a construção de um portfólio de investimentos passa pela análise de seus objetivos, sua situação financeira atual, seus prazos e seu perfil. Só depois, é possível buscar as melhores opções do mercado. Carteira de investimentos: Saiba com a Concórdia como criar diversificação de um jeito inteligente Patrocinado 
Como você viu, não é uma tarefa tão simples quanto parece à primeira vista e, por esse motivo, procure contar com um planejador financeiro pessoal certificado para lhe auxiliar com essas escolhas.
*Valter Police é planejador financeiro pessoal e possui a Certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.
 

quinta-feira, outubro 05, 2017

Os 5 erros de português mais comuns no mundo do trabalho


A pedido de EXAME, especialistas elegeram os deslizes mais frequentes de ortografia, concordância e outros temas gramaticais do português. Veja a lista


Lápis: veja os erros de português mais comuns no mundo do trabalho (Ingram Publishing/Thinkstock)

São Paulo — Quantas vezes por dia você interrompe suas atividades no trabalho para tirar uma dúvida de português na internet ou em algum livro? Se você é como a maioria, não deve fazer isso (quase) nunca.

A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de “puristas” da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.

Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.

A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia. Confira a seguir:

1. Falta (ou presença indevida) de hífen

O erro de ortografia mais comum no universo corporativo é resultado da recente Reforma Ortográfica da língua portuguesa, diz o professor Diogo Arrais. autor gramatical pela Editora Saraiva. A grafia de expressões como “bem-vindo”, “contracheque” e “autopromoção” frequentemente aparece com problemas — seja por falta de hífen, seja pela presença indevida do tracinho.

Para não errar mais, a dica do professor é observar a última letra do prefixo e a primeira do radical. “Se forem idênticas ou se o radical for iniciado por H, haverá hífen”, explica. “Caso contrário, o termo não será hifenizado”. Verifique a regra nos seguintes exemplos: “anti-inflação”, “auto-observação” e “super-homem” têm o sinal; “autopromoção”, “megaevento” e “contracheque”, não.

2. Acento circunflexo nos verbos “ver” e “vir”

Quando o tema é acentuação, o deslize mais frequente tem a ver com o acento circunflexo em formas do verbo “ver” e “vir”, diz Rosângela Cremaschi, professora de comunicação da FAAP e autora do livro “Português Corporativo” (Hunter Books, 2014).

Quando flexionados  na terceira pessoa do plural, os verbos assumem, respectivamente, as formas “veem” e “vêm”. Acontece que o novo acordo ortográfico aboliu o acento circunflexo de “veem”, mas o de “vêm” permanece. A confusão trazida pela novidade faz com que a acentuação frequentemente acabe sobrando em alguns casos, e faltando em outros.

3. Pronúncia incorreta do ditongo “ui”

Para Reinaldo Passadori, professor de comunicação verbal e presidente do Instituto Passadori, um dos erros de pronúncia mais repetidos em português é dizer “gratuíto” no lugar de “gratuito”, ou “circuíto” em vez de “circuito”. O problema na fala às vezes se reflete na grafia equivocada da palavra, com acento.

O motivo desses deslizes é a memória auditiva. “No Brasil, é muito mais comum ouvirmos ‘RUim’, que é uma pronúncia incorreta, do que ‘ruIM’, que é a pronúncia certa, por exemplo”, explica Arrais. O mesmo vale para “gratuito” ou “circuito”: quantas vezes você já não ouviu essas palavras serem verbalizadas incorretamente? Sem querer, o cérebro registra essas sonoridades e acaba por reproduzi-las automaticamente.

4. Vírgula separando sujeito e verbo

No capítulo de pontuação, os três especialistas ouvidos pelo site EXAME concordam que o equívoco mais disseminado é inserir vírgulas onde elas não deveriam aparecer. Veja um exemplo: “A gerente da área de finanças e contabilidade, pediu um retorno do banco”.

Segundo Cremaschi, quanto mais longo for o sujeito (no caso, “a gerente da área de finanças e contabilidade”), maior a probabilidade do erro. Uma possível razão para isso é o velho mito de que vírgula existe “para respirar”.

Não é o caso, diz Arrais: a função do sinal é organizar sintaticamente os elementos da frase, e assim permitir que a mensagem chegue ao interlocutor com clareza e precisão.

Passadori dá um exemplo que esclarece a função vital da vírgula. Na oração “Esse, juiz, é corrupto”, você está declarando ao juiz que um determinado indivíduo comete atos ilícitos. Sem vírgulas, a frase “Esse juiz é corrupto” indica que o alvo da crítica é a própria figura do magistrado.

5. “Busca-se candidatos” em vez de “Buscam-se candidatos”

O erro mais comum de concordância, segundo Arrais, aparece em frases como “Busca-se candidatos resilientes e alinhados à cultura da empresa”. Como o verbo “buscar” é transitivo direto (não exige preposição), a concordância deve ser a seguinte: “Buscam-se candidatos resilientes e alinhados à cultura da empresa”.

De acordo com o professor, esse tipo de engano é comum porque o escritor imagina que o termo ‘os candidatos’ funciona como complemento verbal — algo que ocorreria na frase “Busco os candidatos”, por exemplo. Na verdade, trata-se de um caso de voz passiva sintética — o que exige concordância entre entre sujeito e verbo. Outros exemplos da forma correta são “Alugam-se salas” e “Revisaram-se os custos.
5 out 2017, 06h00
 


quarta-feira, outubro 04, 2017

Alguém ainda quer ser chefe?

A crise de identidade pela qual passa a liderança foi tema do evento realizado por VOCÊ RH em Brasília

Por Luciana Lima
5 set 2017, 06h00
CONTEÚDO DE VOCE S/A
 


Segundo café com VOCÊ RH na capital federal: mais de 70 executivos presentes (Brito JR/VOCÊ RH)

Como preparar os líderes do futuro considerando os desafios presentes? Com essa questão começou a discussão do Café com VOCÊ RH em Brasília, realizado em 13 de junho.
O tema não poderia ser mais propício: menos de um mês antes, a capital federal havia sido literalmente incendiada por manifestantes após a delação do empresário Joesley Batista, dono da gigante de carnes JBS, contra o presidente da República, Michel Temer, o principal mandatário do país.
A crise de representatividade havia atingido seu ápice, não apenas no governo mas em todas as camadas da sociedade, inclusive nas companhias. “Quem é a pessoa que te inspira hoje em dia?”, pergunta a editora-chefe de VOCÊ RH, Tatiana Sendin. A resposta foi nula.
Com a figura do líder em xeque, mudaram as características e o papel dos gestores, mas também o que cada um espera de quem está no comando. “Nós estamos vivendo uma transição da ética do dever para a ética do prazer. Antigamente, os líderes estavam inseridos na lógica do comando e do controle. Hoje, esse profissional deve persuadir as pessoas a segui-lo.­ Ele tem de ser um exemplo principalmente de ética”, disse Renata Subires Garcia Fernandes, gestora de pessoas e desempenho do banco Bradesco.
O Café com RH, promovido por VOCÊ RH há mais de uma década, estreou na cidade do Planalto Central em 2016 e retornou para mais uma bem-sucedida mesa de conversa com 70 executivos, a maioria de gestão de pessoas.
Além de Renata, participaram do debate Marco Tulio Zanini, professor na Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getulio Vargas e consultor da Symbállein; e Glória Guimarães, diretora-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Com metade dos presentes de organizações do setor público, a discussão enveredou para uma questão pungente: se os concursos avaliam apenas características técnicas, como transformar esses especialistas em bons gestores de pessoas? “Por muito tempo se falou na carreira em Y, porém, isso não é tão simples. Acredito que, aliado com um plano de carreira bem estruturado, é preciso um grande investimento em treinamento para formar esses potenciais líderes e identificar quem tem mais habilidades para a área técnica ou para a gestão”, afirmou Glória, do Serpro.
Uma das dificuldades é identificar quem realmente é um bom gestor de pessoas e quem é muito bom de marketing pessoal. E, de acordo com o professor Zanini, o Brasil está passando por uma mudança que vai impossibilitar cada vez mais a permanência de perfis que tenham apenas a segunda característica. “Nós aprendemos a apreciar um aspecto de direção que muitas vezes não é aquele que descrevemos. Viemos de uma lógica que não era permitido trabalhar a autonomia, mas isso vem mudando. Vamos começar a questionar essa liderança que apenas joga as tarefas para a plateia.”
Além dos desafios do agora, a discussão apontou questões do futuro. Entre elas o fato de que cada vez menos jovens desejam assumir a posição de chefia — algo que se intensifica nas instituições públicas, uma vez que o alto nível de burocratização repele ainda mais os chamados millenials.
Na tentativa de reverter esse quadro, o Serpro reduziu o expediente para 6 horas e foi a primeira empresa do governo a permitir o uso de bermudas. “Você observa que reter esses talentos é um problema, principalmente porque você tem pouca flexibilidade tanto de remunerar quanto de gerir de forma diferente. Nós estamos tentando adotar uma estratégia que vai contra essa rigidez”, disse Glória.
Por fim, o professor Zanini deixou um alerta para os executivos de RH. “Metade de minha turma quer ser empreendedora. Significa que está nascendo uma escola de empreendedorismo no Brasil. Por outro lado, o desafio será convencer as pessoas que as organizações também são boas.” As formas de fazer isso rendem mais uma boa discussão.

Brasil poderia aumentar o PIB se contratasse idosos

Pesquisa exclusiva da PwC e FGV em parceria com a VOCÊ RH revela que o PIB brasileiro pode aumentar em 16 bilhões de reais por ano se contratarem idosos




Miusly Ferreira, gerente de DHO da Votorantim: como cuidam dos netos de dia, os funcionários mais velhos trabalham depois das 17h30 (Marcelo Almeida/VOCÊ RH)
A discussão sobre a reforma previdenciária alertou po­líticos, executivos, trabalhadores e ci­dadãos em geral para um problema sem volta: o envelhecimento acele­rado da nação.

Da­qui a somente 13 anos, o Brasil terá mais velhos do que jovens. A diferença ainda será pequena: 18% da população terá fios brancos, enquanto 17,6% terão até 14 anos de idade. Mas o ano marcará o ponto de virada da pirâmide etária. A partir daí, é só ladeira abaixo.

Até 2050, de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de pessoas idosas vai triplicar no país, alcançando 66,5 milhões de brasileiros — quase 30% do todo. Contudo, uma década antes, em 2040, aproximadamente 57% da população em idade ativa será composta de indivíduos com mais de 45 anos de idade.

O cenário exige mudanças profundas nas políticas públicas de saúde, assistência e previdência social, mas também no mercado de trabalho. “A reforma da Previdência é apenas uma das urgências para o país se preparar para o envelhecimento da população”, afirma Roberto Martins, diretor da consultoria PwC Brasil especializado no tema.

Ele acredita que, para compensar o custo maior atrelado à longevidade, os profissionais mais velhos deveriam ser não só encorajados como também estimulados a se manter na ativa. “Para isso, as organizações precisam ter modelos de trabalho adaptados.”
A tese é que, com mais gente trabalhando por mais tempo, o Brasil teria um incremento do produto interno bruto (PIB), resultando em aumento do poder de compra dessa classe etária e nas receitas com impostos. Isso sem contar a melhora na saúde e no bem-estar das pessoas da chamada “melhor idade”, que se manteriam ativas mental e fisicamente.

A pedido de VOCÊ RH, a consultoria PwC e a Fundação Getulio Vargas (FGV) realizaram uma pesquisa para mensurar o impacto do envelhecimento da força de trabalho no Brasil. O país foi inserido num contexto internacional e comparado com Estados considerados referência na questão.

Suécia é o melhor exemplo da empregabilidade de pessoas mais velhas, tanto por suas políticas públicas como pelas práticas de mercado. Para ter uma ideia, a taxa de profissionais com idade entre 55 e 64 anos empregados naquele país é de 66% — acima da média de 44% da Europa. No Brasil, de acordo com o IBGE, o nível de ocupação dos idosos em 2015 era de 26%.

João Lins, professor da FGV e um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que, se o Brasil criasse instrumentos para ampliar a empregabilidade dos mais velhos, poderia aumentar seu PIB em 18,2 bilhões de reais por ano. “Fomos conservadores nessa estimativa, isso significa 0,3% do PIB. É pouco, mas o benefício de utilizar essa população vai além do crescimento econômico e passa por uma economia na Previdência e uma melhora na qualidade de vida dessas pessoas”, diz. Segundo ele, as empresas também ganhariam ao contratar funcionários mais experientes.
Falta muito

O caminho para o Brasil se tornar uma Suécia na questão da empregabilidade de idosos é longo. Primeiro, porque o país passa por uma crise econômica e há 13,5 milhões de desempregados — enquanto na Suécia a situação é de pleno emprego. Roberto Martins, da PwC, ressalta ainda o problema da remuneração.
Com a crise, muitas companhias trocaram profissionais experientes — e mais caros — por jovens com salários menores. “Temos essa cultura que prioriza o curto prazo e, nessa lógica, prevalece quem for mais barato. Isso é difícil de mudar e pouco evoluiu desde que fizemos a primeira edição da pesquisa, em 2013”, afirma o consultor. Pela análise da PwC, os profissionais acima de 50 anos ganham, em média, 30% mais do que aqueles com 30 a 49 anos.
A questão das políticas públicas também é outro desafio. Na Suécia, por exemplo, a quantidade de impostos recolhidos ultrapassa a dos demais países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e há uma reversão de benefícios para a população, que tem acesso a saúde e educação de qualidade.
Por sua vez, no Brasil, os tributos não garantem a gratuidade dos serviços — o que reflete no grau de escolaridade dos brasileiros, por exemplo. A média de estudo de pessoas com mais de 60 anos é de menos de seis anos. Para ter uma ideia, 65,5% dos idosos empregados no país em 2015 tinham como nível de instrução o ensino fundamental incompleto, segundo dados do IBGE, o que impossibilita uma inserção em postos de trabalho que exigem melhor qualificação.
Além do problema da capacitação, os pesquisadores da FGV e da PwC elencam as questões trabalhistas como agentes complicadores. “A falta de flexibilidade de horários e de uma empresa não poder recontratar um funcionário com um salário menor, para trabalhar menos horas, acaba restringindo as opções”, afirma João Lins, da FGV.
Apesar de ainda não haver data para votação, um projeto de lei do Senado pode auxiliar essa demanda. O PLS 142/2017 propõe um regime especial de trabalho para pessoas com mais de 60 anos, que teriam jornada diária de 4 horas. De acordo com o projeto, o empregado teria direito ao salário-hora equivalente ao piso da categoria profissional e as companhias poderiam contratar até 10% de seu quadro sob esse regime.
Lado prático

Para identificar como, de fato, as corporações estão lidando com o envelhecimento da população, os pesquisadores da FGV e da PwC conduziram grupos focais com executivos de recursos humanos. As reuniões aconteceram no começo de julho no Núcleo de Estudos em Organizações e Gestão de Pessoas (Neop) da FGV.
Nas conversas, ficou claro que há um movimento incipiente dos RHs para se preparar para esse cenário. “Eles têm formado grupos intergeracionais estruturados; feito treinamentos por meio das universidades corporativas e apostado na prática de mentoria para integrar profissionais de idades distintas”, diz Maria José Tonelli, coordenadora do Neop.
Para a pesquisadora, as organizações ainda não percebem a escassez do profissional jovem, apesar da eminente inversão da pirâmide demográfica. “Os argumentos para não apostar nos talentos maduros são variados, mas sempre esbarram na questão dos salários e na da falta do perfil almejado”, diz.
De acordo com Maria José, os executivos de recursos humanos entrevistados afirmaram que os profissionais grisalhos têm mais inteligência emocional e experiência com relação à estratégia. Em contrapartida, têm menos aptidão para novas tecnologias. “Os prós são maiores do que os contras, mas a verdade é que ainda temos barreiras culturais a ser rompidas.”
Mesmo assim, já há algumas corporações que resolveram apostar nos cabelos cinzas. A companhia aérea Gol é uma delas, com o programa Experiência na Bagagem. Segundo Jean Carlo Nogueira, diretor de RH da Gol, a lógica é a da diversidade. “Transportamos 32 milhões de passageiros por ano. São perfis variados de pes­soas e nosso quadro precisa refletir isso.” A área de atendimento ao cliente é a principal porta de entrada para os idosos, mas todos os processos seletivos contam com candidatos com mais de 50 anos.
Para atrair esse pessoal, a Gol buscou a flexibilidade: há jornadas de 4 e 6 horas nos aeroportos e também há posições para atendimento no call center que podem ser feitas integralmente de casa. “Entendemos que esse público tem outras atividades para conciliar e não busca mais um trabalho integral”, diz o executivo de RH. Em pouco mais de um mês de programa, a empresa recebeu cerca de 3 000 currículos de representantes da melhor idade. “Os profissionais mais velhos têm a capacidade de se colocar no lugar do outro com mais empatia. Acreditamos que isso faça toda a diferença na qualidade do atendimento”, afirma Nogueira.
O Grupo Votorantim, que tem operações em mineração e metalurgia, siderurgia, celulose e papel, também mira a qualidade do serviço quando contrata funcionários mais experientes. A empresa incentiva o recrutamento de profissionais acima de 45 anos para trabalhar no centro de excelência em soluções compartilhadas, que presta serviços para todas as investidas de negócio do grupo.
Atualmente, 14 profissionais de 45 a 67 anos atuam nas áreas de contabilidade, finanças e controladoria na uni­dade de Curitiba, no Paraná. “Esse público se destaca pelo aumento da produtividade e da qualidade dos processos”, diz Miusly Ferreira, gerente de desenvolvimento organizacional da Votorantim.
Os resultados do grupo são tão bons que a Votorantim avalia expandir as contratações. “Estamos mapeando outras áreas que possam receber essas pessoas”, afirma a executiva. Para atrair os talentos, a empresa também aposta em horário flexível, e a jornada de trabalho acontece no período noturno. “São indivíduos que cuidam dos netos, vão à academia. Assim, eles ficam com o dia livre para suas atividades pessoais e trabalham das 17h30 às 23h30”, diz Miusly.
Já a Henkel, que fabrica adesivos e cosméticos, aposta na integração para reduzir os conflitos entre gerações. “Sabemos da importância dos jovens no quesito tecnologia, mas os profissionais mais experientes têm muita bagagem para compartilhar”, afirma Valeria Gladsztein, diretora de recursos humanos da empresa, que emprega cerca de 1 000 funcionários no Brasil, sendo 14% acima dos 50 anos.
Por isso, o RH criou um programa de mentoria reversa, no qual os jovens servem de conselheiros para quem tem mais anos de vida. “A ideia é incentivar esse contato e uma imersão no quesito tecnologia. Não só sobre assuntos relacionados ao trabalho, mas falar de redes sociais, de aplicativos, do que faz sentido na rotina das pessoas atualmente”, diz Valéria. O programa piloto teve sua primeira edição com oito duplas e já prepara novas rodadas de mentoria. “São conexões benéficas para os dois lados e, principalmente, para os negócios”, diz.
Na falta de robôs…

Ao mesmo tempo em que as corporações ensaiam iniciativas para lidar com a guinada na pirâmide etária, outra discussão também ganha espaço no mercado. Com mais idosos do que jovens para trabalhar, quem fará as tarefas?
Segundo um estudo da consultoria McKinsey, sem uma aceleração da produtividade, o PIB global sofrerá uma queda de 40% — de 3,6% ao ano até 2012, para 2,1% nos próximos 50 anos. Seria necessário um aumento de produtividade 80% mais rápido para compensar o declínio projetado. As soluções passam pela retenção da mão de obra mais velha e pelo uso intensivo da tecnologia.
Enquanto os robôs não chegam, temos de pensar na melhor maneira de aproveitar os talentos, sejam eles jovens ou grisalhos.
O que dificulta

Remuneração alta: os executivos se constrangem em oferecer um salário menor do que o profissional recebia anteriormente.

Convivência intergeracional: estresse entre gerações que convivem no mesmo ambiente de trabalho.

Visão a curto prazo: as organizações ainda não perceberam que os mais velhos serão a maioria da força de trabalho no médio prazo.

Modelo organizacional: as estruturas organizacionais desestimulam a contratação de profissionais maduros. Há muitos jovens entrando com ansiedade de crescer rapidamente e as organizações concorrem com as startups.

Legislação: as leis trabalhistas brasileiras apresentam limitações. Por exemplo, não permitem rebaixar salários.

Rede de contatos: falta de talentos maduros apresentados por headhunters para cargos executivos. Há uma percepção de que a recolocação dos profissionais maduros eleva sua autoestima, levando o executivo a buscar outras oportunidades, e o headhunter descumpriria a meta de permanência do funcionário na empresa.

Outros fatores: preconceito com profissionais mais velhos e cultura do país.

As primeiras aposentadas

Estamos vendo a primeira geração de executivas brasileiras se aposentando. Essa foi a conclusão da tese de doutorado de Vanessa Cepellos, pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, que tem como base uma pesquisa com 58 profissionais com idades entre 41 e 63 anos, que atuaram ou atuam em grandes empresas.
Para Vanessa, a carreira dessas mulheres foi marcada por dificuldades profissionais, como preconceito, assédio sexual e ausência do modelo feminino de gestão.
Como consequência, elas estabeleceram mecanismos para enfrentar esses obstáculos e provar sua competência com mais dedicação e desempenho se comparado aos homens. “O envelhecimento acaba sendo um sofrimento maior para elas”, diz.
Elas temem ser trocadas por profissionais mais jovens e não conseguir recolocação no mercado. Por causa dessa insegurança, a maior parte das executivas deixam engatilhadas as possibilidades de se tornarem empreendedoras, conselheiras ou se dedicar à área acadêmica, por exemplo.
Segundo Vanessa, essa é uma questão muito recente e as corporações ainda não têm respostas sobre como lidar com o fim da carreira dessas profissionais. “Precisamos pensar sobre isso, afinal as mulheres têm expectativa de vida maior do que os homens e em breve haverá mais executivas em cargos estratégicos”, afirma.
Oportunidade de negócio

Conforme a mão de obra brasileira ganha novos contornos, as oportunidades de negócio começam a aparecer.

A Maturi Jobs, startup de recolocação profissional para pessoas acima de 50 anos, é um exemplo. O engenheiro de software Mórris Litvak criou a empresa em 2015 inspirado em sua avó, que trabalhou até os 82 anos. “Vi quanto aquilo era importante para ela.

Depois de parar, ela se deteriorou e não era mais a mesma pessoa”, diz. Por meio de um site, as pessoas com mais de 50 anos inscrevem seu currículo
(há aproximadamente 50 000 currículos cadastrados) e as empresas divulgam as oportunidades.


Cerca de 530 organizações publicaram suas vagas no portal, a maioria para a área de atendimento ao cliente.
Publicado em 1 out 2017, 13h00

 
FONTE: https://exame.abril.com.br/negocios/brasil-poderia-aumentar-o-pib-se-contratasse-idosos/

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