Inquietar saudavelmente as
pessoas para vivenciarem a plenitude do amor, na vida e na carreira.
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Consulte
seus amigos e familiares sobre quão satisfeitos estão em seus trabalhos. Ouvirá
de uma porção expressiva deles:
- Meu Chefe não me dá feedback! Nunca me reconhece
ou elogia. Nem mesmo para dizer se estou no caminho certo!
Isto limita a Liderança em
dois aspectos: gestão da performance e desenvolvimento das pessoas. Será
difícil fomentar uma agenda de alto desempenho quando o Líder evita conversas
difíceis e o desconforto natural que o feedback pode ensejar. De igual modo, as
pessoas não evoluirão tão rápido como poderiam em um ambiente onde não são
orientadas sobre o que fazem e como trabalham.
Receber às vezes é tão difícil
quanto dar feedback. Há conversas injustas, descabidas, inconsistentes, mal
planejadas e mal direcionadas. Por esta razão, depois de conversas de
feedbacks, são comuns sentimentos de raiva, injustiça, indignação,
desprestígio, desvalorização, desengajamento e desmotivação.
Aí entra um ponto relevante
para reflexão: tanto na teoria quanto na prática, o protagonista para um bom
feedback é o recebedor, pois dependerão sempre dele as ações e escolhas
subsequentes que podem dar sentido de evolução e aprendizagem à sua trajetória,
ou de estagnação e involução. Receber bem o feedback, mesmo quando é negativo,
enseja um processo de filtragem: deve-se aprender com a percepção do outro,
colocar em teste novas ideias, experimentá-las. Mas também será preciso
descartar e arquivar aquela outra parte do feedback inadequada e inconsistente.
Como afirmam Douglas Stone & Sheila Heen, em seu excelente livro Obrigado
pelo Feedback: “Nada afeta mais a cultura de aprendizado de uma
organização do que a forma como seus executivos recebem o feedback”.
Todo Gestor será mais bem
sucedido em dar feedbacks na medida em que consiga associá-los aos Valores
& Comportamentos da Cultura da empresa, bem como às Competências
Organizacionais, tanto técnicas quanto atitudinais.
O que pode ser considerado
Feedback?
Quando se fala em feedback,
logo vem à mente a ilusão de uma data específica no calendário corporativo,
meio que a dizer “Ok, hoje todo mundo precisa conversar”. Faz sentido?
Sim, somente em organizações que adoram um faz de conta.
Feedback é:
Toda informação que recebemos sobre nós
mesmos.- A maneira como passamos a nos conhecer por meio dos nossos relacionamentos e das nossas experiências de vida e carreira.
- O modo como aprendemos com a vida.
- A dor no corpo que reclama de uma vida sedentária.
- Uma percepção crítica sobre nós, mas também um agradecimento ou comentário elogioso.
- Uma conversa formal ou informal.Um papo periódico ou a qualquer instante.
- Conversas sobre temas relevantes, ou apenas sobre situações do cotidiano.
No mundo do trabalho, o
feedback serve para desenvolver talentos, motivar as pessoas, nivelar equipes,
resolver problemas e melhorar resultados. Servem para fazer as pessoas
entenderem seus comportamentos e aprimorarem a percepção sobre o que e como
fazem seu trabalho.
As informações compartilhadas
durante o feedback são valiosas para melhorar desempenho e redirecionar os
desafios com vistas aos resultados planejados. Corrigir erros e evitar
retrabalho, agir enquanto há tempo para ações corretivas e preventivas são
motivações para o feedback.
O Líder precisa criar
contextos para conversar com seus liderados a fim de lançar um olhar
apreciativo sobre eles, estimular e motivar para os resultados pretendidos,
reforçando o que dá certo e os padrões desejados para as entregas e para o
comportamento esperado.
Benefícios esperados
Os feedbacks, como prática
presente no exercício de Liderar, trazem os seguintes benefícios:
- Eliminar a rádio-peão, evitando que a versão pelos corredores seja maior do que os fatos envolvendo a equipe.
- Dar maior clareza aos objetivos e metas delegados para o profissional e que serão base de sua avaliação de desempenho.
- Favorecer uma boa reflexão de qualidade e aprendizagem.
- Ampliar autoconhecimento, maior consciência para sua entrega e atitude com seu trabalho e com sua equipe.
- Reforçar um clima de confiança, um ambiente de autenticidade, em que tudo é dito no momento em que os fatos ocorrem.
- Servir como importante subsídio para as estratégias pessoais de desenvolvimento e relacionamento.
- Lançar um olhar sobre o futuro, permitindo que o indivíduo ganhe clareza sobre o que e como fazer na próxima oportunidade.
- Reforçar a busca por alto desempenho.
- Tipos de Feedback
Dar e receber feedback
pressupõe, obrigatoriamente, esclarecer a informação que queremos oferecer ou
que pedimos que nos ofereçam. Pode ser de 3 tipos:
- Reconhecimento: quando a informação relaciona-se com um elogio, louvor, enaltecimento ou agradecimento.
- Orientação: quando a informação serve para dar explicação e direcionamento sobre tarefas ou comportamentos.
- Avaliação: quando a informação qualifica tarefas e/ou comportamentos, classifica e compara com um padrão.
O Gestor deve escolher um
contexto adequado, ou seja, dia, hora e local em que tanto ele quanto seu
liderado estarão seguros e confortáveis para a melhor conversa possível. Caberá
ao Líder dar condução à conversa, cadência ao feedback e evidenciar que o papo
tem começo, meio e fim, deixando claro que se trata de reconhecimento,
orientação ou avaliação.
Para um Gestor ser visto como
Líder por seu time e por toda organização, valerá sempre este conselho: pelo
amor de Deus, dê feedback!
LEMBRE-SE:
CONSCIÊNCIA TRANSFORMA A REALIDADE.
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ROGÉRIO CHÉR |
ROGÉRIO CHÉR, é sócio da
Empreender Vida e Carreira, autor do best-seller Empreendedorismo na Veia – um
aprendizado constante e do livro Engajamento – melhores práticas de Liderança,
Cultura Organizacional e Felicidade no Trabalho.